Ela ainda não compreendia a pressa em casar a jovem daquele jeito, mesmo com a moça grávida, o que não justificava a correria que estava aquela casa. O casamento aconteceria no jardim lateral, muito bonito, que foi decorado as pressas, com flores brancas e cadeiras da mesma cor, lembrava um pouco o casamento de Crepúsculo. Mas Mariane tinha feito o que era certo, ajudado no possível, principalmente em acalmar a noiva, que estava muito nervosa e não parava de chorar.
— Você será feliz, querida. Relaxe. — tranqüilizou-a.
— Obrigada Mari. Eu estou muito feliz por tê-la conhecida num momento como esse. — Lupe falou segurando as mãos da cunhada.
Mariane sorriu.
— Também fiquei feliz por conhecê-la, Guadalupe. Seremos boas amigas. — garantiu ela.
E depois disso, o cabeleireiro e a maquiadora tomaram a jovem dela, e enquanto ela tentou fugir de fininho do quarto, outro contratado do salão a achou, e a levou até a cadeira em frente o espelho.
— Que fea, necessitas magia! — disse o homem, amassando o cabelo da jovem.
— Em inglês, por favor. — ela pediu, mas sabia muito bem o que ele tinha dito.
— Eu farei todo o trabalho, querida. Verá o poder de uma boa maquiagem. — ele começou a mexer nos pinceis e base.
Ela suspirou. É claro, como ele mesmo dissera precisaria de mágica para deixá-la bela. Uma mulher feia não ficava bonita de uma hora para outra, as vezes maquiagem não era suficiente para transformar algo que detinha feiúra, em um algo lindo.
Mas, contra todas as possibilidades e também com grande esforço, que levou mais de duas horas, o homem terminou seu trabalho e fez Mariane olhar-se no espelho. As manchas avermelhadas tinham sumido, assim como as pintinhas, as sobrancelhas estavam perfeitamente desenhadas, os olhos pintados de rosa com brilho, cílios postiços, muito blush, iluminador e um batom nude bonito. Ela estava... Incrível de novo. Sorriu diante seu reflexo, feliz de ter mudado tanto. O que faria Santiago quando a visse?
Seria uma grande surpresa. Estava ansiosa para isso.
— Agora deixe esses óculos guardados por hoje, ouviu?
— Sim. — concordou, sem outra solução.
Ela estava se levantando da cadeira, quando outra pessoa chegou, uma mulher de cabelos curtos, mascando um chiclete, que estudou seu cabelo por um tempo, e depois decidiu o que fazer, mas não disse nada.
Spray de cabelo, prancha, baby liss e muitos minutos depois, o cabelo de Mariane estava perfeito, liso com cachos nas pontas, e havia uma surpresa, sem que ela notasse, a mulher tinha feito uma franja lateral, que dava-lhe um ar jovial.
— Gostou?
— Amei. Obrigada. — ela falou quase chorando.
Não parava de sorrir, testando os melhores ângulos de seu rosto, que agora não parecia tão abominável.
Em seguida, a noiva já estava pronta, e parecia ter saído de dentro de um conto de fadas, de tão bonita. A mãe da noiva também estava bonita, usando vermelho escuro. Mariane precisou da ajuda de Maria para vestir o vestido que escolheram para ela, e ela prendeu um pouco a respiração, com medo de que o zíper cedesse.
— Está linda, minha filha. — a mulher elogiou ela.
— Obrigada, senhora.
— Não me chame assim. Use meu nome. Agora somos da mesma família. — Maria deu batidinhas nas costas da jovem, que engoliu o choro.
Estava emocionada porque lembrara de sua mãe, que não pudera estar em seu casamento, e que teria feito o mesmo que Maria. Era bom saber que tinha alguém para contar, uma amiga, mesmo que depois que fosse embora estivesse longe. Mesmo à distância, a amizade continuava a mesma.
Estava próximo do casamento começar, e Mariane desceu, procurando pelo marido, que era o padrinho da irmã. Ele estava na sala, e quando a viu descendo as escadas, abriu um lindo sorriso. O coração dela chegou acelerar. Então era essa a forma de agradar Santiago? Ficar bonita era a solução dos problemas de seu casamento? Era triste, saber que precisaria mudar como era apenas para agradar alguém. Queria ser ela mesma, feia, de cabelos rebeldes, pele ruim e de óculos, porque ela acreditava que sua essência era a mesma de quando usava maquiagem e penteava o cabelo. Pena ele não pensar assim. Mas se eu agradá-lo significa receber um sorriso como este, posso agüentar mais uma vez ser esta mulher.
Quando se aproximou dele, notou como a olhava, parecia em transe, lambia os lábios parecendo sedento de algo, e a surpreendeu quando a envolveu pela cintura e a beijou. Na boca. Ao menos estavam sozinhos ali.
— Está linda, cariño.
Ah, lá estava ele chamando-a daquele jeito, o jeito que fazia suas pernas amolecerem, e seu coração disparar, feito uma completa boba.
— Você também está lindo. — elogiou ela, sorrindo.
O pai de Santiago apareceu, parecendo ansioso, e em seguida um rapaz de uns vinte e poucos anos veio da cozinha, era o noivo, muito bonito, mas parecia apavorado. E teria que star mesmo, diria Santiago se pudesse, casamento não era algo tão fascinante assim, e demandava coragem e paciência. Coragem para suportar uma esposa feia, e paciência para não pedir o divórcio e estragar tudo.
Mas ela estava linda agora, e assim podia tolerá-la, daquele jeito acendia nele uma chama de desejo que ele mal podia controlar-se sem desejar levá-la escada acima e fodê-la até que não sobrasse mais forças em seu corpo.
Precisava se controlar, respirou fundo, e tentou pensar em outra coisa, porque até então, nenhuma outra mulher tinha despertado sentimentos tão intensos nele, que faziam-no beirar a loucura. Queimava em suas veias, ardia em sua pele. Em nome dos céus, o que era aquilo?
Somente quando chegara a hora de todos se reunirem com os convidados no jardim, ele deixou de pensar em coisas libidinosas, e acompanhou sua esposa pela porta dos fundos.
Se colocaram ao lado do altar improvisado, e o pastor já estava ali para ordenar o casamento. O noivo olhava de um lado para o outro, ansioso.
Uma música leve começou a tocar, e de repente a noiva apareceu no começo do jardim, entre as roseiras vermelhas. O pai a conduziu até o altar, e entregou a filha ao rapaz, que beijou-lhe a mão.
Mariane não sabia que os pais de Santiago eram de outra religião, não que isso fosse realmente importante ou mudasse alguma coisa, mas ele era da mesma religião que a dela, o que queria dizer que não era a mesma dos pais... Enfim, um detalhe sem grande significado, pensava ela.
A cerimônia foi rápida, e logo todos estavam aplaudindo quando beijaram-se apaixonadamente. Mariane até ficou com vergonha de tamanha paixão do casal, o que obviamente não aconteceu no seu casamento.
— Parabéns, Lupe e Pablo. — cumprimentou Santiago.
— Obrigada irmão. — a noiva estava emocionada, e correu abraçar a cunhada.
Depois disso, seguiram-se mais de trinta minutos de fotos com todos os convidados, e Mariane pensou que sua foto bonita ficaria como uma lembrança falsa do que verdadeiramente era. Mas quem se importava? Ela não.
Já era noite quando o pai da noiva anunciou que a comilança, como o mesmo disse, começaria. Foi nesse precioso momento, em que todos estavam entretidos com os garçons servindo bebida e comida, que Santiago pegou a esposa pela mão e a levou para dentro da casa.
— O que está fazendo? — ela perguntou sem entender.
— Vamos até meu quarto, quero mostrar algo a você. — ele disse puxando-a até lá.
Quando chegaram ao quarto e ela entrou, ele trancou a porta atrás de si, e começou a abrir os botões da calça.
— Ergue o vestido, meu bem. Quero comê-la de quatro nesta cama. — anunciou, sem cerimônia alguma.
Ela ficou em dúvida se acatava ou não o pedido, mas apenas o vislumbre de transar com Santiago novamente era um mar de prazer antecipado. Sabia que era tudo por conta da maquiagem e cabelo, mas ela não estava nem aí.
Puxou o vestido até a cintura e ficou só de calcinha na frente dele.
— Isso vai ser rápido, apenas para saciar meu desejo.
Mas e o meu?
— Vamos tirar essa calcinha, sim? — ele enganchou os dedos na peça e a puxou para baixo, livrando-a dela. Guardou no bolso da calça.
Santiago a colocou de quatro na cama, e escarrapachou um pouco as pernas, deixando a vagina exposta para ele, rosada e molhada, como ele queria. Se abaixou e colocou com a boca naquela carne macia, lambendo a fenda úmida, e gemeu ao sentir o sabor dela em sua língua.
Retirou do bolso da calça uma camisinha que tinha guardado por preocupação futura. Voltou a trabalhar nos botões da calça, até libertar seu pênis ereto, pronto para penetrá-la. Deslizou o preservativo no membro e respirou fundo com as sensações. Encostou-o na entrada dela, e brincou com a jovem, tentando-a, entrando apenas um pouco e saindo, deixando-a apenas provar um pouco do que teria.
— Deve saber que sou atraído por sua aparência quando está assim. — aprofundou-se um pouco e saiu, fazendo-a rebolar em seu pau. — Então, porque não é assim a todo momento? Daríamos muito certo juntos, Mariane.
— Não, eu sou feia. Você sabe como eu sou. — respondeu ela, entre dentes.
— Mas você só tem isso quando está bonita. — ele entrou até a metade e retirou-se, ela contraindo-se.
— Foda-se, Santiago! Me coma logo. Por favor. — choramingou ela.
Ele teve enfim piedade dela, entrando em sua vagina até o fundo, e depois começou a mover-se, devagar, e depois rápido, fodendo-a freneticamente. Colocou a mão sobre a coluna dela e alisou-a, em um carinho apaixonado, ou nem tanto. Era tudo sobre sexo, nada sobre paixão ou amor. Era tudo carnal.
Ela explodiu em um orgasmo forte, que quase a fez desmoronar, e pouco depois veio ele, fechando os olhos e cravando as unhas na bunda dela, que tinha a cabeça enfiada no travesseiro, para que ninguém a ouvisse gemer.
— Vê? Podemos ter isso sempre, basta ser bonita para mim, cariño. — sugeriu ele, quando saiu de dentro dela.
— Não tente me comprar com sexo, Santiago. — Mariane disse cansada.
Tinha caído sobre a cama, e jurava pelo que fosse que dali não levantava mais. E para ela foi engraçado ver o marido com as calças no joelho, tirando o preservativo e dando um nó na ponta, indo até o banheiro.
Bem, ela era uma mulher adulta agora, em todas as perspectivas. Fazia sexo com um homem magnífico, que possivelmente não a aceitava muito bem, mas que às vezes a tratava bem, quando não estava usando de deboche para irritá-la. Mas ainda, com todo aquele amargor do marido, ela... Simpatizava com ele.
Quando ele voltou do banheiro, já vestido, ela se sentou na cama e estendeu a mão para ele.
— Me devolva minha calcinha.
— Considere-a confiscada. — Santiago falou dando as costas a ela.
— Não posso aparecer lá em baixo sem calcinha, homem.
— É claro que pode. Ninguém vai reparar. Ande, vão dar falta de nós.
Sério mesmo? Ele achava que ninguém teria notado que eles tinham sumido a mais ou menos meia hora e que deviam estar trepando por aí?
— Deixe eu ajeitar meu vestido. — pediu, levantando-se, e arrumando-se.
Ele bufou, e foi ajudá-la, abaixando o vestido, desamassando-o.
Mariane sorriu. Ele podia ser atencioso quando queria! Mas só quando ela estava bonita... Suspirou, as coisas não iam nada bem mesmo. E o que aconteceria quando voltassem para casa? Bem, ela esperava que cada um seguisse sua vida, ela trabalhando no presídio e ele com seu pai. Também sentia saudade de Frida. Será que ela estava bem? Elton estaria cuidando bem dela? Eram tantas dúvidas e preocupações, e aquela lua de mel, que de lua de mel não tinha nada. Nem mesmo o sexo entre os dois era certo. Bom era, mas certo não. Porque ela queria ter mais poder, não nascera para ser uma submissa como as mulheres dos livros de CEO que tanto lia. Aliás, tinha seu próprio CEO, talvez quebrado, possessivo e muitas vezes chato, mas tinha. Possivelmente precisasse apenas moldá-lo. Seria possível? Humm... Era um desafio.
Enquanto voltavam para a festa, ela pensava naquilo, se as coisas poderiam melhorar entre os dois. Será?
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O CEO que amei COMPLETO ATÉ DIA 10/04
RomanceMariane é filha de um dos maiores empresários do ramo automobilístico dos Estados Unidos. Ela dá aulas para detentos na penitenciária, o que desagrada o pai, que esperava um futuro melhor para a filha. Ele então decide que ela deve se casar com Sant...