Ele sentiu muita falta dela nos dias que a esposa passou longe do escritório, tinha se acostumado novamente a tê-la ao seu lado, e sua presença era um refresco em meio ao caos. Queria ter o número dele para ao menos ligar ou mandar uma mensagem para saber se ela estava bem, mas nem isso podia. Naquele dia, quando chegou pela manhã, sentou-se na cadeira em frente sua mesa e pela primeira vez em muito tempo não teve o menor ânimo para trabalhar. Estava desanimado, triste, e tudo que queria era vê-la.
E como se os céus tivessem o ouvido, ela entrou no escritório, caminhando sedutoramente, usando um vestido vermelho até os joelhos, bem arrumada e perfumada. Ele quase chorou, de pura alegria. Ficou de pé para recebê-la, e ela sorriu diante dele.
— Já estou bem, decidi voltar. — ela falou indo até sua mesinha.
— Fico feliz em saber disso. Você fez falta, Mariane. — ele disse pegando um maço de folhas e entregando a ela. — Leia isso até o almoço, vou precisar de você na reunião de hoje.
— Reunião? — perguntou ela sem entender.
— Acho que você será útil na reunião com investidores hoje. — explicou ele. — Preciso que você decore os pontos principais para esse acordo, o que podemos oferecer.
Ela se animou. Isso poderia fazer. Era boa em ler e decorar coisas, e sim, ajudaria ele com aquilo. Talvez como um agradecimento do que ele fizera por ela quando estava doente.
— Deixe comigo. — Mariane começou a folhear as páginas, e se inteirar do assunto.
Santiago voltou para sua mesa, iniciando os trabalhos daquele dia, e lendo alguns emails que chegaram em sua caixa de mensagens. Ele precisava dizer, que apesar de parecer que não, sua vida de CEO era difícil, porque precisava tomar muitas decisões, e a maioria influenciava na vida de outras pessoas, pessoas essas que trabalhavam para a empresa, e davam muito por ela. Não sabia dizer se fazia um bom trabalho substituindo Marcus, mas esforçava-se ao máximo, porque queria dar seu melhor a memória do amigo.
A secretária entrou no escritório, perguntando se ambos queriam água ou café.
— Água, por favor. — respondeu Mariane.
— O mesmo para mim. — disse Santiago.
Olharam-se, mas logo desviaram o olhar, como se fosse errado o que estavam fazendo. A verdade, dolorosa, mas real, é que estavam agindo como se fossem estranhos um para outro, quando já se conheciam intimamente, mais do que pudesse ser dito. Eu já beijei sua boca, pensou Santiago.
Depois que a secretária saiu, deixando a água para eles, Mariane bebeu um pouco, deixando a marca do batom vermelho no copo, fazendo o marido rir. Ela o olhou imediatamente, e ele disfarçou. Inferno, estava parecendo um adolescente bobo, que mal conseguia controlar suas emoções perto da garota popular da escola. Precisava se manter mais firme, reagir menos a presença dela ali.
Quando chegou a hora do almoço, ela se levantou para sair, mas ele a impediu.
— Almoce comigo, quero discutir os documentos.
— Sim, vamos. — Mariane saiu na frente, e ele a seguiu, dando uma boa olhada na bunda dela.
Eles foram até a lanchonete que ficava na esquina, e se sentaram, olhando o cardápio e pedindo por sanduíches. Enquanto a comida não vinha, Mariane aproveitou para dizer ao marido o que tinha achado do que ele dera a ela. E ele admirou o modo como ela falava, gesticulando com as mãos, a expressão, como as sobrancelhas se arqueavam.
— Perfeita.
— O que disse? — ela perguntou sem compreender.
— Eu disse que está perfeito. Vamos ir bem na reunião. — corrigiu ele.
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O CEO que amei COMPLETO ATÉ DIA 10/04
Storie d'amoreMariane é filha de um dos maiores empresários do ramo automobilístico dos Estados Unidos. Ela dá aulas para detentos na penitenciária, o que desagrada o pai, que esperava um futuro melhor para a filha. Ele então decide que ela deve se casar com Sant...