- Hello, boys.
Dean avançou empunhando sua arma, pronto para atacar Crowley.
- Hey, calma aí, lindão! – Crowley afastou-se, com as mãos erguidas em sinal de defesa.
Castiel colocou a mão no ombro de Dean, para que ele escutasse o que Crowley tinha a falar.
Talvez ele iria dizer o que Castiel estava pensando.
- Posso falar? Ninguém vai me atacar? – Perguntou o demônio.
- Fala logo! – Ordenou Dean.
- Puxa. Vocês não tiram uma folga mesmo, hein. – Crowley andava pelo quarto do hotel, analisando com estranho interessa a cama desarrumada, os lençóis no chão. Olhava para as outras dependências do cômodo do hotel, interessado. Parecendo aquelas velhas fofoqueiras que toda vizinhança tem.
Inspirou fundo, para depois voltar-se para aqueles dois diante dele:
- Que cheiro de sexo aqui, hein! Alguém andou se divertindo.
- Fala logo o que você quer... – Sibilou Dean entredentes.
- Fale logo, Crowley. Não temos muito tempo para suas lorotas. – Castiel mais uma vez percebera a subida mudança na aura de Dean. Receio, talvez medo.
Medo de os outros descobrirem sobre eles. As feições do loiro mudaram, a mão com a arma tremeu levemente. Detalhes que Castiel sabia quando Dean ficava fora de seu ponto de equilíbrio. E para seu protegido ficar assim era preciso muito. Era preciso saber atingir algo muito importante para Dean. Sua família, seus hamburgeres, as missões...
E Castiel.
- Ok. Ok. – Crowley fez menção de sentar-se, desistindo no meio do gesto, não conseguindo disfarçar certa repugnância pela cama. – É o seguinte: As coisas no inferno não estão boas.
- E? – Indagou Castiel.
- E que eu passei por aqui para ver se vocês teriam uma xícara de açúcar. Brincadeirinha, eu apenas queria saber se vocês não estão sabendo de algo.
- Na verdade... – Começou Castiel
- Não. Não estamos sabendo de nada. – Interrompeu Dean.
- Ah. Logo agora que o nosso amigo emplumado ia falar? Ande. Termine o seu relato, por favor. – Pediu o rei do inferno com aquela educação forçada, fingindo uma mesura.
Dean voltou sua atenção para Castiel, sem entender. O anjo estava com uma expressão de quem se desculpasse por ter falado algo que não deveria.
- Diga, Cass.
- Er...eu também estou com problemas com meus poderes.
- Puxa vida. Então a coisa deve estar acontecendo em todos os lugares. O inferno está uma bagunça. Terrível, terrível. – Comentou Crowley como quem fala do tempo, que iria chover em breve e ele precisava tirar as roupas do varal o mais rápido possível.
- Como assim, Cass?
- Dean, eu não consegui teleportar direto para o quarto. Tivemos que entrar pelas vias normais, lembra? – Castiel estava preocupado. Tinha algo em mente, mas não tinha certeza ainda, então preferiu não comentar nada na frente de Crowley.
- Algo em mente, querido? – Perguntou o rei do inferno, como se lesse seus pensamentos.
- Não. Se você está falando que essa “interferência” afetou você e seus...iguais, então significa...
- Significa que o céu e o inferno está com algum bug.
- Bug? – Quis saber Castiel.
- Problema, falha, defeito. Outro dia fechei um “acordo” com um profissional da tecnologia. Eles tem umas falas engraçadas...
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'Inabalável' - Destiel Br
Romance*******ATENÇÃO******* *******YAOI FANFIC******* "Castiel e Dean precisavam abrir o jogo, mostrar as cartas. Não poderiam mais conviver com aquele forte sentimento. Amor, amizade...Não sabiam exatamente o que era... Mas que era necessário fazer algo...