Capítulo 24 - 'Difícil dizer adeus'

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Sugestão de música enquanto lê o capítulo:

https://www.youtube.com/watch?v=WBff4F5egLc

(A letra é foda e a melodia muito mais)

Dean olhava para Castiel agonizando e sua essência se esvaindo. Pegou-o cuidadosamente. Precisava fazer algo logo.

- Dean...

- Não fala nada, Cas.

- Não vou aguentar muito tempo.

Dean e Castiel sumiram numa sombra seguida de uma fumaça negra. Crowley adiantou-se, atacando os outros anjos. Eles não perceberam, mas já havia se passado 24 horas desde o início daquela batalha sangrenta. De fato a guerra não terminara.

Uma sala com paredes brancas materializaram-se diante deles. Uma janela estava aberta, proporcionando uma linda paisagem. O mar envolto por montanhas e frondosas árvores. Totalmente oposto do local em que estavam, ali era um verdadeiro oásis. Dean ouvia pássaros cantando e voando ao redor da casa.

- Aqui...é...o...paraíso – falou Castiel, ofegante.

Dean olhou para o anjo. Cortes, arranhões e hematomas marcavam seu corpo. A luz branco-azulada de sua essência indo embora e sumindo em partículas de névoa. Dean não sabia o que fazer, estava desesperado. Precisava curar Castiel, não podia perde-lo.

- Cas, onde estamos? Me concentrei para irmos para o Esconderijo.

- Ele está destruído, Dean...Estamos no céu. Estou ouvindo o cântico do infinito, Dean. Por favor, me leve lá fora.

Dean obedeceu, carregando Castiel nos braços. Abriu a porta do cômodo e seus olhos de demônio visualizaram a paisagem mais bela que um dia sonhara em conhecer.

Eles estavam em uma casa de campo parecida com uma que ele fora com Sam e seu pai passar uns dias de férias, que resultaram numa caçada aos vampiros locais. Eles não tiveram muito tempo para aproveitar os dias de descanso e quase morreram ao caírem numa armadilha do ninho deles. Por sorte seu pai conseguira salvar os dois filhos adolescentes na época e eliminar os monstros em seu esconderijo.

Dean sentiu o sopro refrescante da brisa vinda das montanhas em contato com o mar, calmo, que ia e vinha em pequenas ondas com seu brilho refletindo o Sol. Aquele lugar era magnífico.

- Lindo, não é?

- Sim – Dean não conseguia falar palavra alguma. Sabia que Castiel estava morrendo e ele não poderia fazer nada.

Dean sentou-se no gramado com cuidado para não machucar ainda mais Castiel, colocando suas mãos atrás da cabeça dele e segurando-o para não desfalecer.

- Dean, olhe para mim. Eu...Sou muito grato por tudo que você fez. A profecia dizia que nenhum ser divino poderia se relacionar com alguém do plano terreno. Por isso desencadeamos essa guerra...

- Ninguém nunca fez isso? Só nós? – As palavras saíram com mais aspereza do que o Caçador gostaria.

- Sim...

- Não é justo. Eu...eu... – As lágrimas saíram de seus olhos novamente negros. A dor no peito era tanta que ele mal conseguia organizar os pensamentos, formar as palavras. – Finalmente sou feliz nessa merda de vida, Cas. E uma merda de profecia chega e acha que pode comandar a gente? Eu não aceito isso!

Castiel tocou a face de Dean, que chorava compulsivamente.

- Dean. Sinto que meu tempo aqui está se esgotando mais do que eu gostaria – Castiel sorria, mas seus olhos também estavam tristes. Uma pequena lágrima escapou, ressaltando o brilho azul de seus olhos. – Dean, meu amor, você precisa ser forte. Traga a paz que tanto as pessoas almejam. Para tudo existe um plano, um por que.

'Inabalável' - Destiel BrOnde histórias criam vida. Descubra agora