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O Reino da Brasa é o mais banhado pelo sol. Suas terras são quentes, calorosas e brilhantes. A areia ao redor do reino é quente e relaxante, por muitos é usada para relaxar.

Nessas terras quentes e brilhantes como se fosse pura brasa, existe a grande guerreira Azura. Chefe das linhas de frente da unidade Gavião de Guerra. Azura que carrega em seu olhar o desafio de quem tiver a ousadia de a desafiar.

Tal pessoa tem o orgulho e a determinação na mesma bandeja.

Há um mês atrás ela também foi abençoada. Uma abençoada direta. A sua deusa regente não deixou seu dom em nenhum sangue, disse a todos os deuses: " vou escolher aquela ou aquele que combine comigo. Se vocês acham ruim, se danem." A personalidade da deusa é mais forte que as terras que pisam todos os seres.

Seu dom é aquele que pode fazer montanhas e destruí-las. Seu dom da terra é forte, pois, onde houver terra, areia ou qualquer coisa semelhante ela pode usar. Ela pode criar, manipular, ministrar.

A voz apareceu para Azura.

Era madrugada. Ela estava arrumando sua unidade para sair em patrulha pelo reino quando ouviu alguém chamando ela. Era um voz afiada e cheia de desafio. Ela sacou sua adaga e estreitou os olhos, seus ouvidos se prepararam para ouvir quem a chamava. Mas não havia ninguém. Estava ela e sua unidade em silêncio. Ela se ajeitou e continuou dando as instruções.

Após tudo pronto, eles saíram. Silenciosos e mortais pela noite que ainda banhava os céus.

A noite estava incrivelmente mais fria que as outras. Mas durante todo treinamento de Azura, ela aprendeu a sobreviver em todo tipo de lugar. Em todas as estações, em todos os horários, em todas as luas.

A voz novamente apareceu. Sussurrou em seu ouvido.

- Me ache se você for capaz, Azura.

A última fala da voz foi carregada de desafio e ordem, Azura sentiu os pelos de sua nuca se arrepiarem.

Mandou toda sua unidade caminhar a sua frente e andou sozinha atrás. Assim ela poderia examinar melhor as pessoas, poderia tentar achar, e por fim estrangular com a corda do seu sapato essa pessoa.

- Não acho que seria legal você me estrangular, Azura. - o desafio da voz agora veio carregado de diversão - Nosso relacionamento durará mais, se você não querer me matar.

Por fim Azura parou, provavelmente estaria ficando louca.

Ela começou a sentir a terra se mexer levemente. Ela sentiu a vibração da terra. Suas mãos latejavam e tinha a sensação que sua pele estava absorvendo cada partícula de areia que tinha naquele deserto.

- Azura Lenis, você agora caminhará comigo, e deverá me ouvir.

A pele de Azura estava formigando enquanto a voz falava.

Ela olhou para frente, para sua unidade e os viu se afastar. Ela tentou gritar, mas o treinamento que ela ofereceu foi rígido. Olhe somente para trás se você ouvir um pedido de socorro.

Ela estava pedindo socorro, mas sua voz não saía.

- Fique tranquila, cabeça de vento. Você não irá morrer.

Um cadeado foi aberto na mente de Azura, e em algum lugar de sua alma começou uma mudança que ela sentia na força de seus ossos que seria eterna.

Suas pernas ficaram fracas.

Ela se viu ajoelhada no chão.

Ela viu a terra brincar com os dedos dela. Flutuando ao redor de sua mão.

A AbençoadaOnde histórias criam vida. Descubra agora