A noite caiu calorosamente e os abençoados dormiram rapidamente jogados na grande sala. Os colchões foram jogados no chão e eles se espalharam. Todos estavam cansados, haviam praticamente criado lagos e tentado tirar a areia de longas dunas e transformamos em vastos campos de grama verde brilhante e macia.Enquanto eles dormiam, descansando do longo dia, um ser forte e poderoso chegou ao Reino do Vento.
Os pés do ser mal tocavam o chão, seu poder era tão forte que fazia seu corpo flutuar pela areia das estradas e da cidade. Seu corpo era leve como pluma, somente seu dom, seu poder, que lhe proporcionava o peso que lhe aparentava. Aquele ser tão poderoso estava na cidade de Nebulos no Reino do Vento.
Nenhum dos abençoados sentiu o ser chegando à cidade e se mesclando aos demais moradores.
Mas lá estava, o ser tinha se transformado em uma mulher idosa de cabelos brancos, corcunda, aparentemente frágil, e que morava sozinha. Uma pessoa com duas faces, as caras de uma moeda. Uma era uma idosa prestes a chegar ao fim da vida, a outra um ser poderoso que podia mover mundos.
E nenhum dos abençoados havia sentido aquela mudança na cidade.
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- Não sei se vocês sabem, mas hoje é meu aniversário. - disse Rowena assim que os demais amigos abriram os olhos.
Os demais ainda não estavam raciocinando corretamente, o sono ainda dominava cada parte de seus corpos lhe implorando para continuar de olhos fechados e na terra dos sonhos. Mas eles sabiam firmemente que deviam se despertar e começar a devida mudança do mundo.
- Lhe darei um presente especial, querida Ro. - disse Cillín com um sorriso malicioso e um olhar faminto - Envolve suor, minhas mãos e algumas partes do meu corpo.
Desde o ocorrido entre eles noites atrás, ambos viviam se provocando, sumindo entre os intervalos, acordando com suas bochechas coradas e correndo imediatamente para a jarra d'água mais próxima.
- Contenha o fogo para vocês, para vocês mesmos. Muito obrigada! - disse Azura se levantando do colchão e passando a mão para arrumar seu cabelo rebelde.
Eles desejaram os parabéns a Rowena, se limparam, comeram e retornaram aos seus deveres diários.
Diminuir as dunas e tentar transformar em pastos verdes.
O maior impasse disso tudo era com Aiyana. Ela se lembrava do que tinha acontecido quando ousou usar seu dom da luz para dar vida a uma simples e singela flor. Ela se lembra vivamente da voz da Escuridão lhe dizendo os males de usar o seu dom. E com toda e plena certeza ela não queria desafiar o ser que domina a escuridão.
Aiyana era a única que podia facilitar esse processo de transformar areia em gramas e vida. Entretanto, Tyr, Rowena e Azura faziam um carinhoso trabalho de: tirar a terra, molhar, e ventilar.
- Pois bem, vamos lá. - disse Tyr após ter concluído seus primeiros afazeres.
Todos os abençoados saíram do palácio e caminharam tranquilamente até a cidade. A primeira coisa que eles iriam fazer era ir na casa de Aiyana e buscar Tauriel para fazer parte do trabalho continuou deles.
Desde que Tauriel descobriu sobre o dom deles, participa de todos os momentos. Em tudo ele está juntos e nisso, Azura concorda plenamente, ela fica comendo Tauriel com os olhos.
Aiyana sentiu um puxão na mente, ou precisamente um aperto. Antes de ouvir, ela sentiu a voz.
"Algo está errado, Aiyana. Descubra o que é."
"O que você está sentindo?"
"Sinto uma terrível pressão, algo está errado. Muito errado."
Após ouvir aquilo Aiyana sentiu a sensação de que algo estava errado. Era como se tivesse um espinho em seu dedo, uma pedra em seu sapato. Uma pressão em seus dons, dizendo que algo estava forçando para eles se moverem, para serem usados.
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A Abençoada
FantasyIndicado ao Wattys 2021. Uma maldição foi jogada por toda terra há 250 anos atrás. Um mundo que era florido, com alimento para todos, água abundante foi resumido a dunas de areia, alimentos mínimos, pequenos córregos de água doce. As brigas, guerra...