2009
As estações do anos sempre tem um momento de transição tão lindas quando as pétalas em um rosa tão delicado quanto as da primavera daquele ano. Minho se perguntava se aquele dia iria continuar com a mesma sensação leve de como aquele dia começou. A ida a escola sempre era um pouco calma e tão contagiante que seus pés desgrudavam do chão com uma paixão ardente em saltos apaixonados de alegria. Para ele, aquele era só o primeiro dia de aula e o começo daquele ano naquela escola.
Os alunos do ensino medio que seguiam o mesmo percurso mas com um destino diferente, não iam com a mesma animação que as crianças que seguiam a mesma direção para aonde iria, mas eles tinha a mesma empolgação que dominava cada célula de seu corpo. O ensino fundamental até que não era assustador, mas talvez seja porque ja estava acostumado com aquele ambiente.
Observava as outras crianças que iam mais a frente, um mais velhos como um garoto de covinhas que parecia determinado em chega a escolha em meio a longos bocejos. Tinha outro com feições tão fofas quanto a de um cãozinho doméstico que andava lado a lado com um garoto que parecia vir de uma revista. Sabia que eles não era da sua idade, ja viu um deles entrar em outras salas.
Ajeitou seus oculos focando sua atenção no caminho de pétalas, era um grande dia e nada poderia dar errado pois estava tão feliz quanto.
- Quatro olhos - Sua atenção se voltou a voz que vinha um pouco mais atrás.
- Droga - praguejou baixo, tinha acabado de colocar os pés na escola, continuou andando tentando ignorar que eles o seguiam.
- Ei - Sentiu seu corpo bater em outro e quase o derrubar - Não ouviu te chamarem?
- Minho, você sabe que não pode ignorar a gente - Sentiu seu coro cabeludo arder com o puxão, sua cabeça foi puxada com tanta agressividade que seu pescoço doeu em um estalo - É um arrogante mesmo.
"So mais um ano e eles iram embora, tente pensar assim, é só esse ano e a paz voltará"
- Babaca!
Não soube como, mesmo que sua mente tentasse não acreditar, mas seu corpo caiu sobre os joelhos em um baque surdo. O ar que ainda restava em seus pulmões tinha ido tão rápido quanto dor em seu estômago se fez presente. Tinha levado um soco e sentia que iria vomitar a qualquer instante. Enxugou o fio de baba que ousou sair por seus lábios. Respirou fundo.
"Acho que vou morrer, essa realmente doeu"
- Para a sala crianças! - O porteiro gritava do outro lado, a voz dele parecia distante aos seus ouvidos.
- Vamos, deixa esse mané ai.
Um chute certeiro foi desferido nas costas de Minho que sua vontade naquele momento era se jogar no chão e esperar aquele ano passa em um segundo.
Não sabe dizer quando começou, talvez seja pelo dia que protegeu Kim Dahyun das mãos daqueles crápulas? Talvez. Mas desde aquele dias, que hoje fazer um ano e meio, acabou virando o alvo. Parecia mesmo que tinha um alvo em suas costas esperando por um golpe como aqueles.
Queria entender o conceito dos valentões, que graça tem em bater e humilhar alguem? Isso é coisa de gente que não recebe amor dos pais, lembrava bem de um dorama que havia assistido escondido dos país e tinha quase o mesmo contexto que sua vida. Por que o roteiro de sua vida era apanhar de graça de gente tão baixo?
- V-você está bem?
Levantou o rosto piscando atordoado, ainda estava no chão. Olhos tão gentis o encaram, ele era mais novo, sabia pelo tamanho das bochechas e como segurava a alça da mochila de forma tão apertada. A plaquinha de identificação se escondia por trás do moletom amarelo.
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Atenciosamente, J.One -- minsung
RomanceCartas, por que algo tão rústicos e antigo tinha que ser o motivo inicial de toda essa confusão? Jisung tinha um problema. Durante sua adolescência sendo um garoto tímido e sem nenhuma esperança na vida, encontrou com Lee Minho, um veterano que pare...