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Serpente Lobisomem - HP

Capítulo 33: A mansão dos Malfoy.


Dezembro entrou com um ar escaldante de gelo e pequenos flocos que voavam para dentro do quarto de Alya todos os dias quando Pansy deixava sua janela aberta. O mesmo acontecia com Dumbledore, que mesmo tendo uma imensa lareira em uma sala ainda não poupava as janelas escancaradas trazendo o frio.

A alguns longos minutos Alya pensava nisso, e em como seus dedos tremelicavam conforme os batia contra o braço da cadeira. Seus olhos claros voltaram a frente, onde seu avô enchia uma xicara de chá contra a mesa.

-Por favor, vou morrer de curiosidade.- Alya voltou a implorar. Dumbledore deixou-se sorrir levemente.

-Vamos tomar um chá, pequena Luz. A meses não vem a minha sala, espero que tenha muito a me dizer.- Sentou tranquilamente em sua cadeira, depositando uma das xícaras a sua frente.

Alya pensou, não precisava mentir para Dumbledore, certo? Seu pai que era culpado de invadir sua mente.

-Bem...- Começou lentamente. -Acho que o senhor sabe de tudo.

-Não, na verdade. Gostaria de saber coisas de sua parte.- Disse- Como seu afastamento de Beatrix, e sua aproximação repentina com Draco.

Alya realmente não fazia a menor ideia de como responder aquela pergunta.

-Não faço ideia, apenas aconteceu.- Alya se justificou rapidamente. -Não me chamou para isso, disse que para vir com urgência.

-Bem, devo dizer que sim.- Dumbledore deixou a xícara sobre a mesa.- Sei que seus colegas já devem ter comentado sobre um baile de sangues-puristas que acontecerá em duas semanas.

-Meu pai não vai deixar, nem se preocupe. –

-Sei que pensou isso, e sei que também está afastada dele. -Disse – Mas Severus não só permitiu sua ida ao baile, como amanhã após o almoço senhora Malfoy vira busca-los para passar o recesso em sua residência .

-Senhora Malfoy?- Questionou Alya. -Como convenceu meu pai de autorizar? Ele jamais me deixaria sair do castelo sem ele.

-Sei disso, mas Narcisa pode ser insistente e convencer até o mais teimoso ser para atingir seus objetivos.- Explicou Dumbledore. - É amiga de Draco, saiba que ambos compartilham da mesma ambição.

-Não somos amigos, nos odiamos na verdade.- Alya baixou sua xicara vazia sobre a mesa. Dumbledore deixou-se apenas relampear um sorriso culpado de lado. Seus dedos tremelicando sobre a cadeira a sua direita, suspirou pesadamente: -Sei que quer questionar algo.

Black endireitou seu torço na cadeira. -Sei que sabe sobre meus últimos feitos no clube de duelos.

-Ofidioglota, certo? Você, Harry, Draco, Hermione e Beatrix. Uma grande surpresa devo dizer. – Alya franziu o cenho negando com a cabeça. -Por que deveria ser uma supressa, o senhor não sabe de tudo?

O homem sorriu docemente. -Infelizmente mesmo após tantos anos sou incapaz de absorver a magia da vidência, querida luz. Tenho apenas pressentimentos, e sei que nossa escola pode esperar enormes feitos da senhorita e seus amigos.

-Esses grandes feitos que o senhor tanto espera estão acabando comigo. Os alunos me odeiam, as garotas do dormitório competem para me matar e agora acham que eu fico petrificando nascidos trouxas por diversão. Espero que esses feitos valham todo meu esforço de não dar um soco em alguém.

-Sei que quando as coisas se esclarecerem tudo valerá a pena.

Após a conversa com Dumbledore, Alya saiu realmente pensativa da sala. Sua cabeça emanava seus pensamentos sórdidos em uma extensa bola de neve. Esse ano definitivamente não estava sendo como o esperado, e com o baile do concelho as coisas viriam apenas de piorar, mesmo que parecesse quase impossível uma piora nessa situação.

𝑺𝑬𝑹𝑷𝑬𝑵𝑻𝑬 𝑳𝑶𝑩𝑰𝑺𝑶𝑴𝑬𝑴- 𝑯𝒂𝒓𝒓𝒚 𝑷𝒐𝒕𝒕𝒆𝒓 1Onde histórias criam vida. Descubra agora