𝑺𝑬𝑹𝑷𝑬𝑵𝑻𝑬 𝑳𝑶𝑩𝑰𝑺𝑶𝑴𝑬𝑴- 𝑯𝒂𝒓𝒓𝒚 𝑷𝒐𝒕𝒕𝒆𝒓 1

13

Serpente Lobisomem - HP

Capitulo 13: O Halloween é  definitivamente um feriado amaldiçoado.

Reza a lenda que, quando uma estrela nasce, alguma alma pura foi retirada em algum lugar. Dizem que as imensas esferas de plasma brilham por uma junção de gases: Hidrogénio e Hélio, que juntos tornam o ponto quase invisível algo luminoso e esperançoso. Em algumas culturas as estrelas eram usadas como calendários, dizem as historias antigas que os piratas velejando pelos mares a usavam como ponto de localização, onde seguiam norte e oeste de um lado ao outro na mais cristalina água azul.

Mas também dizem as histórias, de um povo específico, que as estrelas eram a maior fonte de poder existente no universo. Eram presentes dados de uma deusa cujo perambulava pelas sombras atormentando a noite dos humanos com mal queimando no coração.

As estrelas eram presentes, mas em alguns momentos não serviam para nada.

Alya soube que as estrelas eram totalmente inúteis ao se levantar desamparada novamente em uma floresta lotada delas. Como da ultima maldita vez. Ela se levantou do chão, dessa vez não era sujo e gosmento como o último, esse era apenas comum, como de uma floresta seca normal. Seus pés pisaram contra a grama a levando sem rumo, de forma que nem os astros brilhantes no céu conseguiam a ajudar.

Era cercada por sombras, que dançavam contra seus sapatos enquanto seu corpo dolorido perambulava pela floresta iluminada pela lua cheia vermelha, com sangue. Seus olhos azuis vagavam pelas árvores longas esverdeadas, cobertas por pequenas folhas como em um pântano.

Alya poderia estar totalmente confusa pisando sem rumo contra tudo que via, mas novamente sabia exatamente onde ir. Em meio a tantas árvores finas com pequenas folhas, havia uma, tão grande e grossa que poderia chegar aos céus. Com folhas imensas, cheia de falhos antigos que pareciam ter no mínimo mil anos. Era a árvore que chamava Alya.

Ela chegou cada vez mais perto, vendo que o tronco da enorme árvore era todo desenhado, cheio de arabescos. Coberto de pequenos desenhos que haviam sido feitos com uma adaga, perfurando cada casca marrom que a cobria.

Alya passou os dedos sobre os desenhos.

Tinham alguns, oito específicos.

Oito pessoas, não sabia dizer se eram homens ou mulheres, mas eram pessoas feitas de palito de mãos dadas gravadas sobre a árvore.

Em baixo delas tinham outras oito coisas.

Uma taça meio desconfigurada desenhada bravamente, um anel meio torto com uma espécie de triângulo em cima. Tinha o que parecia uma coroa, desenhada com um animal, ao lado uma cobra longa e meio queimada,  junto de um caderno entre duas outras coisas: Um colar e outras pessoas, duas.

Alya deixou a arvore de lado ao se virar bruscamente ouvindo um barulho de galhos se quebrando atrás de suas costas. Ela se virou vendo algo que não havia antes: Flores azuis vibrantes, com pétalas meio amareladas com detalhes em vermelho, que agora davam a volta em seu torno e da árvore, os envolvendo em um circulo fechado.

-Bliznatsite, ediniyat e svetlinata, a drugiyat tŭmninata. Svetlinata shte svetne i tŭmninata shte tsaruva. V polunosht pri zavŭrshvane na proklyatieto tŭmninata shte zavŭrshi proklyatieto, prevrŭshtaĭki se v naĭ-mogŭshtoto ot sŭzdaniyata i shte obedini svetlinata zaedno s detsata na edna lyubov shte tsaruva i shte pobedi istinskoto zlo..."

Alya não teve tempo de fazer nada, quando os sussurros encheram seus ouvidos a fazendo cair no chão. Mulheres surgiram de entre as arvores com capas negras sobre a cabeça, seus olhos negros sem nenhuma cor, e a voz que diziam o feitiço como domadores de serpente.