𝑺𝑬𝑹𝑷𝑬𝑵𝑻𝑬 𝑳𝑶𝑩𝑰𝑺𝑶𝑴𝑬𝑴- 𝑯𝒂𝒓𝒓𝒚 𝑷𝒐𝒕𝒕𝒆𝒓 1

2.12

Serpente Lobisomem - HP

Capítulo 32: Clube de duelos.

Alya andava de um lado para o outro sem parar um segundo se quer dês das cinco da manhã. O fato de estar com insônia a alguns bons dias após seu encontro com Beatrix e o desmaio fez com que tudo piorasse. Mas principalmente, a visão que teve antes do apagão preencher sua mente.

Era um dos motivos pelos quais ela se disponibilizou a ajudar madame Pomfrey na enfermaria. Ela necessitava de respostas, precisava saber o que sua visão dizia. Parecia um homem ou uma mulher, depende do jeito que fosse visto, e com cobras dançando sobre seu corpo.

Alya sábia que Lizzie tinha suas respostas, sem ter certeza do porquê. Sentia algo em seu corpo, uma aura brilhante que não sentiu com ninguém, nem mesmo Dumbledore que excomungava poder. Elizzabeth era diferente dos outros bruxos da escola, e a Snape soube disso assim que seus olhos encontraram-se pela primeira vez.

Extuart parecia estranhamente familiar.

-Tudo bem por hoje querida, obrigada.- Pomfrey colocou suas mãos sobre os ombros cobertos de Alya. -Precisa descansar, esteve aqui o dia todo. - A garota ergueu sua cabeça das mãos lentamente, deixando de lado os dedos petrificados de Lizzie. -Seu pai esta esperando.

Alya virou-se a porta, avistando o torço de Snape recostado a frente. Sua expressão era dura, nada de novo quanto a isso. Mas tinha um brilho em seus olhos, algo que deixou o coração de sua filha quente e calmo. A algum tempo não se viam fora das salas, tudo por uma maldita visão de Tania.

Alya despediu-se de Pomfrey e escreveu os resultados em seu pergaminho, algo que fez todos os dias dês que começou a tratar a ruiva com seus poderes de cura. Saiu da sala com sua bolsa em mãos, avistando de entre as colunas longas e suspensas as estrelas ao lado de fora. Ficara o dia todo trabalhando em Lizzie, nem deu-se conta do tempo passando.

-Sinto que não conversamos a séculos.- Severus suspirou ainda olhando a frente, não deixando seus olhos desviarem do caminho um segundos se quer. -Poderia dizer que sinto muito, mas estaria mentindo e combinamos que não mentiríamos um para o outro. Não sinto ter te mostrado a visão, e não sinto ter deixado você cuidar de si mesma por quase três meses sem interferir em sua vida. Se saiu excepcionalmente bem, devo dizer.

-Sempre me saiu bem em tudo, pensei que soubesse.- Snape nem preocupou-se em esconder o sorriso. -Não o culpo por nada, espero que saiba. Apenas precisei de um tempo para pensar, nada demais.

Alya não se lembrava de muitas coisas de sua família, mas algo que constantemente refrescava sua memória era o fato de sua mãe ter tido o deslumbre de aborta-la. Quem quer que estivesse apagando sua memória, queria que lembrasse de sua mãe como algo ruim, não tão incrível quanto todos diziam.

-Fico feliz com isso.- Viraram o corredor, seguindo a brisa leve da noite que os levava. -Diga- me sobre o que tem feito, acompanhar sua vida a distância tem sido um tanto entediante.

Snape era o único com quem Alya poderia dizer qualquer coisa, já que sabia que nunca diria nada a Dumbledore. Sabia que eles tinham segredos, mas também sabia que se pedisse a seu pai, ele omitiria o que quer que fosse, por mais perigoso que fosse. Ele era seu único escudeiro mais fiel para qualquer batalha.

-Voltei a ouvir aquela música, algumas semanas atrás.- Snape deixou-se virar pela primeira vez em direção de sua filha.- É assustador, parece que entra dentro do meu cérebro. E também tem uma visão.