❥ CAPÍTULO 41
Estávamos na escada do colégio, escondidos do mundo afora, apenas para fumarmos um baseado.
Várias coisas me surpreenderam naquele fato. A primeira era que eu nunca pensei que realmente ficaria com vontade de matar o baile para fumar maconha com Cole Sawyer. Quando eu o conheci jurava que ele era o tipo de pessoa que nunca iria me envolver porque iria acabar sendo contaminada ou qualquer coisa do tipo. Estúpido. Porque, naquela noite, não tinha outro lugar que eu gostaria de estar a não ser ali com ele.
O que pareceu completamente assustador a princípio, mas depois me deixei aproveitar esse sentimento em relação a ele.
A outra coisa que me surpreendeu foi que eu realmente não queria fumar antes. Sempre odiei essas coisas. Mas não era cigarro, afinal, e eu gostava até o cheiro de maconha.
Deus, o que estava acontecendo comigo?
- Por que você está olhando para a minha erva com nojo? - perguntou Cole, me olhando de soslaio enquanto acendia o baseado.
- Só pensando em que merda eu estou fazendo da minha vida - murmurei. - Eu vou acabar morando num beco de crack, Cole?
Ele deu uma risada que liberou toda a fumaça da sua tragada. Estávamos num lugar tão escuro que eu só conseguia enxergar aquilo e seus olhos brilhando.
- Se esse for o seu futuro, pode apostar que eu vou estar com você na boca de fumo.
- Eu deveria me preocupar que essa é a coisa mais romântica que você me disse? - indaguei, séria, e ele riu.
Cole passou o baseado para mim e eu franzi um pouco o cenho antes de colocar na boca. Nunca havia feito essa merda.
- Você precisa fumar e depois puxar ar - ensinou e eu olhei para ele, estranhando.
Fiz o que ele falou e acabei sentindo a fumaça ir até o meu cérebro, me fazendo tossir igual uma asmática. Cole começou a rir. Desgraçado.
- Tudo bem, é a sua primeira vez - falou. - Você vai se acostumar.
- Não vou não, Sawyer - garanti. - Só hoje e nunca mais.
Ele me olhou como se não acreditasse em uma palavra daquilo. No momento, nem eu sabia se acreditava.
Porra. Eu era jovem, tinha que fazer todas as coisas que não poderia quando eu tivesse quatro filhos e morando de aluguel.
De repente, nem sabia por que havia pensado nisso. Aluguel? Será?
Comecei a rir com esse pensamento. Depois, fechei a cara.
- Oh, merda - ralhei, me virando para Sawyer, que já estava fumando de novo. - Tá começando a fazer efeito.
Ele piscou para mim enquanto fumava e eu senti minhas pernas tremerem com aquela visão abençoada.
- Essa é das boas - afirmou.
- Onde você arranja essas coisas? - perguntei, curiosa.
Ele terminou de tragar, soltando a fumaça e me olhando.
- Segredo.
- Namorados não guardam segredos das namoradas - protestei, pegando o baseado quando ele passou.
- Segredos são importantes para um relacionamento não ficar monótono, docinho - disse e eu franzi o cenho.
- Não sei se concordo com isso...
VOCÊ ESTÁ LENDO
Só Fingindo
Romance(História postada apenas aqui) Lydia Carpenter ama clichês: assistes filmes românticos clichês, lê clichês, mas nunca foi um. Apesar de ser inteligente, sempre foi popular e teve um namoro que ela pensou só existir em filmes. Ela achou que estava de...