vinte e dois - parte 1

4.5K 489 707
                                    

CAPÍTULO 22.1

- Não - foi a primeira coisa que Cole disse quando eu implorei para ele ir comigo na festa de aniversário de Brooke.

Todo ano minha amiga fazia uma festa incrível em comemoração ao seu dia, mas ela estava jurando que aquele ano ia ser ainda melhor e não podíamos deixar de ir. Sim, foi um pouco chantagem emocional da sua parte, mas eu também queria ir. Brooke sempre foi uma das minhas melhores amigas.

- Você disse que eu não precisaria ir para mais nenhuma festa dos seus amigos, Lydia - respondeu, cruzando os braços.

Estava andando atrás dele pelo corredor vazio igual uma idiota, por isso parei e cruzei os braços.

- Você só reclama, Sawyer - falei. - Qual o grande sacrifício? Sinceramente, você só tem o que ganhar! Vai beber de graça, comer de graça, porque Brooke é rica e sempre tem aperitivos, vai poder até dormir no sofá se a festa te entediar...

- Se eu aceitar ir nessa festa, você para de falar? - me cortou, claramente irritado.

Abri um sorriso de orelha a orelha, assentindo com a cabeça.

- Tudo bem, eu vou - disse ele. - Mas só porque a bebida grátis me convenceu desde o começo.

- Você não vai se arrepender, docinho! - gritei enquanto ele já havia voltado a andar, sorrindo comigo mesma.

A casa dos Jensen com certeza seria o terror da vizinhança naquela noite, porque conseguíamos ouvir há um quarteirão de distância

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A casa dos Jensen com certeza seria o terror da vizinhança naquela noite, porque conseguíamos ouvir há um quarteirão de distância. Eu já conseguia sentir os velhos da casa ao lado se contorcendo na cama de raiva.

Paguei o motorista do táxi, porque Cole falou bem sério quando disse que queria aproveitar a bebida grátis e eu não sabia dirigir. Decidi no meio do caminho que iria tirar minha carta de motorista. O mínimo para sair de casa.

Passamos por algumas pessoas correndo só de cueca pelo gramado, o que fez Cole murmurar xingamentos tão baixos que quase não ouvi. Ele não parecia muito contente de estar lá, mas pelo menos não reclamou mais do que o usual.

E eu ainda estava toda idiota perto dele. Mas tentava tirar esse fato da minha mente.

A verdade era apenas que eu não queria passar o que passei com Jason. No começo também sentia esses tremeliques irritantes e o nervosismo ao ficar perto dele.

E eu vi como aquilo deu muito certo para mim. Um pé na bunda fenomenal que me rendeu várias doses de auto piedade.

- Você não pode só dar parabéns para garota e a gente vai embora? - perguntou ele, torcendo o nariz ao ver uns garotos do time de futebol brincando de lutinha.

- Ela é uma das minhas melhores amigas, Cole - relembrei. - E eu achei que você estava ficando amigo dela.

- Não o suficiente para passar por isso - murmurou.

Só FingindoOnde histórias criam vida. Descubra agora