seis

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CAPÍTULO 6

Fui até a mesa dos amigos inescrupulosos de Sawyer e simplesmente peguei a cerveja anteriormente oferecida a mim. Não iria deixá-los me transformarem numa chacota.

- Isso é meu - disse Sugar, com uma expressão indiferente.

- Bom, você me ofereceu - falei, com um sorriso. - E como eu não sou uma puritana, decidi aceitar.

Sugar estreitou o olhar para mim, me dando a noção de que ela sabia o que eu estava falando. Bebi um gole grande o suficiente para acabar a garrafa e depois dei um sorriso, observando Jackson e Cole boquiabertos. Eles provavelmente ainda não haviam entendido.

- Achei que você tinha parado - disse ela, com uma gargalhada.

Eu realmente estava com vontade de jogar a garrafa em sua cabeça, mas eu poderia presa por isso.

- A carne é fraca - falei, limpando o lado da boca enquanto perfurei meu olhar fulminante em Cole. Ele estava me olhando como se eu fosse um alienígena. - Essa é a coisa mais forte que vocês bebem?

Perguntei com o mesmo desdém que eles falaram de mim e olhei para Jackson quando ele apontou para o bar.

- Você consegue mais coisas lá - disse ele, meio assustado com a minha mudança repentina de humor.

Bom, eu também ficaria assustado se fosse ele.

Passei por eles e fui até o bar, ainda fervendo de raiva. Pedi para o garçom a bebida mais forte que ele tinha num copo com gelo e ele me respondeu falando que se eu quisesse gelo tinha que comprar. Dei de ombros e peguei o copo que ele me deu.

O gole que dei foi o suficiente para queimar minha garganta inteira e me fazer arrepender da minha decisão um pouco. Mas joguei fora esse arrependimento quando vi Cole parando do meu lado, se apoiando no balcão e me encarando.

- Que bicho te picou dentro do banheiro? - indagou, me olhando sem entender. - Você está estranha.

Dei o sorriso mais falso que consegui e tomei mais um gole antes de dizer:

- Hum, eu não sei... talvez seja porque eu venho de um convento.

Seus olhos se arregalaram e ele ficou meio constrangido. Sorri pela sua reação, mas continuei extremamente abalada por dentro.

- Ah, você os ouviu...

- Sim, Sawyer - disse seu sobrenome como se fosse um xingamento. - E ouvi você também.

Cole soltou uma gargalhada e me olhou com divertimento.

- Você sabe que não namorados de verdade, né?

Aquilo me pegou desprevenida.

- O que isso tem a ver? - exclamei.

- Não te devo explicações sobre as coisas que digo, docinho - respondeu ele, chegando mais perto e passando um dedo no canto na minha boca.

Observei enquanto limpava um pouco de álcool que estava lá e dava uma risada. Fechei a cara e peguei seu pulso com força. Ele parou de rir e me encarou confuso.

- Mas se você acha que vou deixar você me ofender de graça só por causa do nosso acordo, está muito enganado. - Cole soltou seu pulso e franziu as sobrancelhas. - E nunca mais me chame de docinho.

Falei aquelas palavras com tanta garra em minha voz que duvidei que ele não fosse entender o recado. Continuei o encarando com desdém, enquanto terminava de beber meu copo e saia de perto dele, indo em direção à multidão perto do palco.

Só FingindoOnde histórias criam vida. Descubra agora