cinco

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CAPÍTULO 5

Não graças ao meu pai, mas graças ao barbeiro do meu pai, depois de muita procurada encontrei um emprego para Cole.

Sabia que ele esperava algo mais chique onde tivesse que usar terno e gravata, mas aquilo seria impossível devido ao fato de ter tatuagens em quase todas as partes do corpo e feder a cigarro. Por isso, quando Tommy (o barbeiro) me disse que seu irmão precisava de um ajudante na sua oficina de carros, não hesitei duas vezes ao pedir o emprego para Cole.

Afinal, ele já era desleixado naturalmente e tinha uma moto, ou seja, era praticamente o emprego perfeito.

Esperei do fundo do meu coração que Cole não ficasse bravo por causa daquilo e fui bem ligeira ao seu encontro naquele dia. Estava me esperando na porta do colégio, fumando seu usual cigarro e encarando o nada.

- Oi, docinho - sorriu falsamente ao me ver. Ok, dessa vez eu merecia. - Me arranjou o emprego?

Abri também meu melhor sorriso falso.

- Pensei que depois desses quatro dias de relacionamento você já confiasse mais em mim - reclamei. - Claro que arranjei.

Seus olhos pareceram brilhar na expectativa e eu fiquei meio mal por não ter conseguido algo melhor. Ele realmente parecia empenhado por aquilo.

- Antes que você julgue, pense como fará Timmy feliz - falei, com a voz amigável.

Seu sorriso animado se fechou e ele franziu a testa, confuso.

- Timmy?

- É, seu novo chefe - exclamei, batendo palmas. - Dono da "Timmy: Oficina de Carros".

Cole continuou me encarando confuso e eu torci para que ele não estivesse me xingando mentalmente.

- Sim, eu sei, Timmy não é muito criativo com nomes... - tentei desviar o assunto.

Quando achei que ele ia gritar comigo e falar que eu era uma péssima falsa namorada, acabando com tudo naquele exato momento, Cole apenas abriu um sorriso genuíno e apoiou a cabeça na porta.

- Obrigada, Carpenter - sua voz realmente parecia sincera e eu me segurei para não suspirar de alívio.

Assenti com a cabeça, sentindo meu coração mais leve.

- Como você sabia que era meu sonho trabalhar numa oficina de carros? - perguntou, jogando seu cigarro no lixo.

Abri um sorriso para mim mesma. Estava tão feliz por ele ter sonhos tão alcançáveis que poderia abraçá-lo.

- Intuição de namorada - falei, abrindo a porta.

Cole me disse que iria comemorar naquele jeito com seus amigos por ter conseguido um emprego e me chamou para ir

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Cole me disse que iria comemorar naquele jeito com seus amigos por ter conseguido um emprego e me chamou para ir. Certo, na verdade, ele não me chamou. Eu me convidei. Mas seria uma ótima oportunidade de conhecer seus amigos e sair de casa com meu novo namorado perigoso.

Só FingindoOnde histórias criam vida. Descubra agora