Latência

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Olhos profundos, profundos e raros!
E a ninguém engana o teu olhar.
Não disfarças o que queres velado
Nem nada escondes ao hesitar...
 
Poderás tu, por acaso, pôr-me a par 
Da razão de um sentimento puro
Deter-se na turbidez do teu falar, 
Se intentas tão só torná-lo mudo?
 
A dor que temes vem à tona! É tarde
Para cuidares que um dia te vá machucar,
Por isso não negues o que bem sabes!
 
Ou o Amor morrerá silente ou te sufocará.
Que o próprio olhar já o imprime em tua face,
Mesmo quando insistes em o negar!

Prelúdio às VisõesOnde histórias criam vida. Descubra agora