Aos Sofistas Modernos II

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Para que a inteligência que não ilumina?
O conhecimento excessivo que constata,
Que fala do sofrimento como coisa grata
E quer que, por suportá-lo, se  distinga?

Para que serve um saber que não cria?
Que cruza os braços por indignação
E reclama do outro, do mundo, da vida
E torna tudo pior para valer sua opinião?

Para nada serve a inteligência 
Que discursa sobre a miséria da vida
Sem investigar a razão do problema,
Sem buscar no fim alguma saída.

Para que serve alardear uma falsa ciência,
Negando a conciliação por força da ira?

Prelúdio às VisõesOnde histórias criam vida. Descubra agora