Não! Não compro tuas causas!

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Não! Não compro tuas causas!
Entrelaça-te em belas palavras, 
Como falácias serpentinas, mundo!
E há - como há! - raso em teu profundo!
 
Não há potes de ouro além do arco-íris!
E o argumento falso da tua inocência
Faz do Amor, que antes alteava, triste
Reflexo da hodierna decadência…
 
Teu alarde ressoa por todo lado.
E buscas constranger-me com lágrimas
Sem sequer se ter justificado.
 
Ouve -se, mundo, em tuas lástimas,
Quantas vezes vitimara-te o Fado, 
Como se para ti, destarte, Ele escusava as faltas.

Prelúdio às VisõesOnde histórias criam vida. Descubra agora