47. Antipenúltimo

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Ainda sem saber ao certo o que iria fazer, fiquei a espera de alguma notícia sobre a minha filha

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Ainda sem saber ao certo o que iria fazer, fiquei a espera de alguma notícia sobre a minha filha.

Enquanto chorava lamentando pela morte trágica, e muito dolorosa por sinal da minha mãe.

Mas chorar não vai trazê -la de volta, eu deveria ter dado uma facada mais eficiente no meu pai, na prisão não é a mesma coisa de ele estar morto.

Faz mais ou menos 1 hora que tudo isso estava acontecendo. Minha maior sorte foi que o Lorenzo apareceu, porque se não fosse isso, creio que eu estaria morta também.

Na verdade eu não esperava rever Lorenzo ainda hoje, mas fui surpreendida ao ver a campanhia sendo tocada.

Me levantei do sofá aonde eu estava sentada chorando, e fui até a porta para atender.

_ Você aqui de novo?. _Perguntei surpresa ao vê-lo novamente.

_ Sim, eu tenho notícias sobre a sua filha. _Ele afirmou.

Sorri alegremente olhando fixamente em seus olhos.

_ Sério que boa notícia e aonde ela está, diga logo?.
_Perguntei entusiasmada.

Só espero que ela esteja mesmo bem, pensei por um instante.

_ Mila, não temos tempo.
Um tal de Fernando está com ela.

Arregalei meus olhos, eu suspeitava disso.

_ Como você soube disso?.

Ele arquiou uma de suas sobrancelhas.

_ Você não conhece o Fernando?. Deixa eu te explicar. Na verdade o nome desse cara é Jonatas, e sim ele não morreu. Esse é apenas o nome falso que ele está usando para fugir da polícia.

Essa não eu sabia que essa história de irmão gêmio estava muito estranha.

_ Espera, pelo que eu entendi o Jonatas está fugindo com a minha filha, e ainda por cima usando um nome falso é isso mesmo?.

Arregalei mais ainda meus olhos.

_ Sim, como eu disse não temos tempo.

Ele me puxou de uma vez para fora de minha casa.

Deixei minha mãe ali morta sobre o chão do quarto, e acabei saindo com Lorenzo em direção ao aeroporto.

Chegamos. Olhei por todos os lados procurando por alguma bebê parecida com a minha filha, mas não achei nenhuma que poderia ser ou não ela.

_ Aonde eles estão, será que já foram embora?.

Estou muito assustada com tudo isso, coração de mãe nunca se engana bem que eu senti.

_ Calma Mila, nois vamos achar a sua filha.

Falou Lorenzo, passando sua mão direita entre os fios do meu cabelo.

_ Espera. _Respirei fundo.

_ Esperar o que Mila?. _Lorenzo perguntou.

_ Aquela ali está parecendo a minha bebê.

Corri em direção ao moço de capuz preto aparentimente disfarçado.

Logo Lorenzo veio atrás de mim. Não pode ser, ele está mesmo fugindo com ela.

_ PARE. _Gritei tão alto que quase surdei os passageiros.

Eles estão quase entrando no avião. Fui em direção ao guarda que parece ter deixado, sem suspeitar de nada.

_ Calma senhorita, você parece estar aflita. _Falou o segurança.

De segurança ele não tem mesmo é nada.

_ Claro, o senhor acabou de deixar um ladrão fugir com a minha filha.

_Mas ele disse que era o pai dela, os documentos pareciam ser verdadeiros.

Revirei meus olhos e cruzei os braços.

_ Sim de fato ele é o pai dela, mas não presta essa é a questão.

_ Desculpe, eu sinceramente não sabia. _Foi apenas o que ele respondeu.

Vejo que o avião está decolando.

Perdi tanto tempo falando com o segurança que nem vi eles entrando, não acredito que a peste do Jonatas fugiu sei lá para aonde com a Nycolle.

_ E agora, eles já foram?. _Perguntou Lorenzo vendo o óbvio.

_ Claro né, e agora o que vou fazer?. _Estou aflita muito mesmo.

_ Calma, vamos pegar um avião e ir atrás deles.

_ Como se fosse fácil. _Respondi emburrada e triste com o ocorrido.

Bem, eu preciso ir atrás deles. Mas as probabilidades de eu conseguir encontrar o Jonatas, não existem, isso é quase impossível.

_ O senhor deveria era ser preso isso sim. _Falei me referindo ao segurança.

Que ainda está parado em minha frente como um poste.

_ Calma senhorita, posso fazer mais alguma coisa por você?. _Mds que cara mais cínico.

_ Sim pode, ir atrás do Jonatas e prender ele.

_ Mas esse senhor se identificou com o nome de Fernando, e não de Jonatas. _Ele respondeu.

_ Moço, isso é fingimento dele deve ser rg falso.

_ Mila, melhor é irmos embora não vai adiantar falar com esse segurança. _Afirmou Lorenzo.

Na verdade eu não posso ir embora, pensei. Eu vou até o inferno se possível for, mas vou achar o Jonatas e quando eu achar ele vai se ver comigo.

_ Você tá querendo dizer para eu esquecer a minha filha?.

_ Não amor, mas agora é o melhor a ser feito.

O que ele me chamou mesmo de amor?.

_ Amor, você me chamou de amor?.

_ Chamei foi?, eu nem percebi sabe.

Respirei fundo.

Ele levemente passou uma de suas mãos em minhas costas acariciado-me.

_ Não precisa fazer isso, desse jeito você faz eu nutrir esperanças. _Olhei para baixo com um olhar triste.

Virei-me, eu já estava disposta a sair do aeroporto.

Foi quando o segurança me chamou novamente.

_ Moça, nois vamos fazer o possível para pegar ele no final da viagem para investigar o caso.

_ Acho bom mesmo, eu quero a minha filha de volta.

Assim eu e Lorenzo voltamos novamente para nossas casas.

_ Está entregue.

Ele falou com um leve sorriso.

_ Obrigada pela ajuda, você tem sido um bom amigo.

_ Se cuida Mila.

Ele disse por fim e eu saí do carro e entrei em casa.

Minha mãe ainda está toda encharcada de sangue no chão e infelizmente o cadáver já está começando a ter um cheiro não muito agradável, ainda não me caiu a ficha de que ela morreu mesmo.

Isso deve ser um pesadelo só pode ser, toda a minha vida deve ter sido.

A história está chegando ao fim, obrigada por cada um que conseguiu acompanhar.

Até o próximo.

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