3. Vendendo

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Ainda estou sentada no sofá me tremendo de medo desses dois malucos, e perguntando a mim mesma em que buraco me meti

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Ainda estou sentada no sofá me tremendo de medo desses dois malucos, e perguntando a mim mesma em que buraco me meti.

Tento a todo custo me manter calma, mas não há maneira de se manter calma nessa situação. Eles estão rindo e comemorando em minha própria frente, por terem me enganado provavelmente.

Marcos: Já está tarde Mila, você não quer dormir?.

Mas na onde vou dormir, essa casa é tão apertada que nem sei se vou conseguir me acomodar direito.

Mila: Mas aonde vou dormir?.

Minhas mãos não paravam de tremer e o medo sobre mim estava bem aparente.

Alessandra: Você pode dormir aí mesmo no sofá.

Na mesma hora eles saíram e me deixaram aqui sozinha no sofá, não é nenhum pouco confortável, nem me deram uma coberta, muito menos traviseiro.

Encostei minha cabeça no sofá e me deitei, tirando meus sapatos no mesmo instante. O frio tomava conta de meu corpo, me encolhi como uma lagarta e abracei a mim mesma tentando me aquecer, mas não adiantava muito.

Não consigui dormir muito durante a noite. Já é no outro dia, eles ainda não acordaram, pensei em sair de fininho e fugir daqui sem que percebam, mas não tenho dinheiro o suficiente para ficar em um hotel, ou em uma casa alugada.

Mesmo que eu tentasse fugir daqui, já é tarde de mais, pois Marcos acaba de chegar na sala que no caso também é a cozinha.

Há também um banheiro próximo, e consigo sentir o cheiro que vem de lá, não é nenhum pouco agradável.

Marcos: Levanta Mila, teremos um dia muito corrido hoje.

Mila: Bom dia pra você também Marcos.

Alessandra: Não sei o que tem de bom, se não vendermos muitas drogas hoje não teremos o que comer, então bora trabalha menina.

Como assim eu não vou vender drogas ela só pode estar mesmo de brincadeira com a minha cara, sabia que deveria ter ouvido a minha mãe.

Mila: Vender drogas?. Claro que eu não vou.

Estou começando a ficar muito assustada.

Marcos: Você vai sim e nem adianta falar que não.

Ele pegou uma faca e veio em minha direção me colocando contra a parede.

Mila: Está bem eu vou ajudar.

Tive que concordar pela pressão que eles colocaram sobre mim.

Marcos: Hoje não tem nada pra comer, se vendermos alguma coisa compraremos, mas se não teremos que matar você e come-lá.

Ele só pode estar de brincadeira, que coisa horrível ele está dizendo.

Mila: Isso é sério?.

Perguntei arregalando meus olhos de tanto medo.

Alessandra: Claro que não, foi só uma brincadeirinha, mas acho bom você vender bastante drogas.

Eu sinto medo dela também, sinto dos dois, Marcos não é quem ele tanto dizia que era.

Não acredito que vou ter de vender drogas, meus pais não gostariam de saber disso.

Eu poderia até ligar pra eles contando tudo, mas Marcos escondeu o meu celular e não tenho como falar com os meus pais, poderia pedir socorro, mas todos aqui conhecem ele e ninguém me ajudaria.

Saímos da casa dele e fomos até um lugar, tem algumas casas em volta. Marcos me deu um saco e mandou eu não olhar, apenas entregar para o "cliente" e trazer o dinheiro pra eles.

Sem ter muitas opções, peguei o saco e caminhei até a primeira casa, o moço já estava esperando sentando em um degrau da escada que há do lado de fora.

Jonatas: Então você é a nova cobaia deles?.

Fiquei pensando o que ele quis dizer com isso.

Mila: Eles estão me obrigando a vender isso.

Jonatas: Até que dessa vez arrumaram uma gostosa, as outras eram muito feias.

Fiquei com mais medo ainda desse cara, virei-me no intuito de sair dali já com o dinheiro em mãos, mas novamente ele me chamou.

Jonatas: Qual é o seu nome?.

Pra que ele quer saber o meu nome afinal, não vi muitos motivos para me negar a dizer então eu disse.

Mila: Meu nome é Mila.

Jonatas: Prazer o meu é Jonatas.

Espero nunca mais vê-lo na minha vida e lamento não dizer o mesmo, pois não é nenhum prazer da minha parte conhecer um usuário de drogas.

Virei-me e sai de lá, fui até Marcos e entreguei o dinheiro em sua mão. Ele começou a contar para ter certeza de que realmente está certo.

Continuei vendendo cada vez mais drogas, pra várias outras pessoas, até que estava cansada de fazer tudo sozinha, mas fazer o que a escolha foi toda minha ninguém tem culpa do que estou passando.

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