8. Conhecendo um presidiário

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Chegou finalmente o horário do almoço

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Chegou finalmente o horário do almoço. Já estou sabendo que a comida não é nada boa, mas também já era de se imaginar.

Ainda estou na enfermaria, mas acabei saindo para o almoço. Vejo nesse mesmo momento as mulheres que me agrediram, elas olhou para mim e começaram a rir como se eu fosse uma atração de circo.

Fui até a fila aonde está sendo distribuída a comida horrível desse presídio, mas como eu disse já imaginava.

Peguei o prato e me sentei em uma das mesas, todos os talheres são descartáveis mas acabam usando sempre os mesmos, me lembro que era assim também na minha época de colégio.

Vejo um moço bem alto, ruivo e bem branco vindo em minha direção. Ele sentou-se ao meu lado, já estava prevendo que o mesmo iria falar alguma coisa comigo.

Lorenzo: E aí você é nova por aqui né?.

Não sei o motivo mas me senti desconfortável perto dele.

Mila: Sim sou, mas por que?.

Lorenzo: Por nada, o que você fez para ser presa?.

Ele já está querendo saber de mais da minha vida, sendo que eu mal o conheço ainda.

Mila: Não acha que está querendo saber de mais?.

Lorenzo: Ah me desculpe, entendo se não quiser me falar.

Mila: Bem, armaram para mim na verdade não era para eu estar presa.

Lorenzo: Nossa que azar em, mas quem fez isso com você?.

Tá agora chega essa conversa já está indo longe de mais.

Mila: Marcos e Alessandra esses são os nomes dos dois cretinos traficantes de drogas, eles que deveriam estar aqui no meu lugar.

Lorenzo: Espero que você consiga provar a sua inocência, meu nome é Lorenzo e o seu?.

Mila: Bem, o meu é Mila, obrigada eu também espero.

Ele parece ser legal, mas acho que não posso confiar, depois de tudo o que passei eu não confio mais em ninguém.

Lorenzo: Se quiser ajuda para fugir daqui, eu estou dentro quero sair daqui logo.

Bem, eu até tenho um plano, mas não sei se devo contar a ele, então eu preferi me calar e não falar absolutamente nada sobre.

Mila: Se eu resolver fugir, eu falo com você.

Mentira vou falar nada, quando ele perceber já estarei bem longe.

Lorenzo: Você parece ser bem legal Mila e eu gostei do seu nome também.

É o dele também não é muito feio bem melhor do que Marcos com certeza!!.

Mila: Eu também gostei do seu nome.

Lorenzo: Eu fiquei sabendo que ontem as detentas da sua cela te deram uma surra né?.

Nossa como as notícias por aqui correm rápido em.

Mila: Pois é pior que sim, as notícias correm bem rápido em.

Lorenzo: Foi a própria Joana que me contou o ocorrido, ela é minha ex esposa.

Ele tem sorte dela ser ex dele, um cara tão novo com uma velha, bem nada contra é claro mas não vale apena essa Joana.

Mila: Não sei por que ela não gostou de mim, sendo que nunca fiz nada pra ela.

Ah não eu só dei uma resposta arrogante pra ela, só isso mesmo.

Lorenzo: Nem liga, ela é assim com a maioria das pessoas.

E a outra parte são aquelas pessoas que parecem com ela, assassinos, estrupadores, entre outros.

Mila: Eu acho que você fez bem em se separar dela sabe.

Eu não deveria ter dito isso, bem eu nem conheço esse cara direito né, mas a minha burrice sempre fala mais alto do que a minha razão.

Lorenzo: Bem, você está certa, eu fiz mesmo uma boa escolha.

Ainda bem que ao menos ele concorda.

Mila: Essa comida de fato é horrível né.

Eu nem precisava dizer, minha cara já falava isso por si só.

Lorenzo: Com o tempo você se acostuma, mas as vezes eu prefiro aqui na prisão do que fora, pois lá fora eu não tinha nem isso para comer.

Nossa agora eu fiquei com dó dele e eu com tudo na casa dos meus pais e ainda reclamava da vida, como eu sou uma anta mds.

Mila: Nossa que triste.

Lorenzo: Por isso que eu roubava, as vezes se tornava a minha única saída. Eu tentei arrumar emprego mas não conseguia, ou eu morria de fome ou roubava o alimento.

Eu nem sei o que dizer a ele, eu não sei se nessa situação eu roubaria. Mas eu daria sei lá um jeito, ele poderia ter achado outra solução.

Mas eu entendo o lado dele, não deve ser fácil olhar para os quatro cantos e não ver o que comer, eu imagino que deve ser de fato uma tristeza.

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