BÔNUS - Ele novamente

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EVIE RODWELL

Eu estava estática observando ele seguir o caminho tranquilamente em meio a neve, não conseguia esboçar mas nenhuma reação, há não ser o choque. Meu pai e meu tio sempre souberam, mas esconderam de mim é preferiram que eu descobrisse sozinha. Alec havia reencarnado como um feiticeiro, é difícil de acreditar que esse milagre aconteceu comigo. Eu pensei que nunca mais o teria novamente, não alguém como ele. Eu teria a chance de retratar com tudo que havia acontecido em sua vida passada. Mas também não podia ser precipitada. Mesmo que ele tenha reencarnado, possa ser que não seja o mesmo Alec de antes. Porém, não podia ficar ali parada apenas o vendo ir.

— Ei, Lightwoodly.

Ele parou e se virou para mim com um sorriso. Como eu havia sentido falta daquele sorriso, do olhar intenso e do cabelo tão rebelde. Eu havia sentido falta de tudo nele.

— Light o que? — arqueou a sobrancelha vindo até mim, e precisei conter o meu sorriso bobo. Eu deveria estar com uma cara de idiota pra ele.

— Lightwoodly — Falei de modo mais exagerado e ele riu. Ponto pra mim — Lightwood é muito sem graça.

— Tudo bem, Rodwelly — disse em um tom exagerado também, e foi a minha vez de rir — O que te fez me chamar no meio do nada?

— Eu sempre ouvi dizer que na vida imortal não temos segundas chances, por isso não podemos desperdici-las quando conhecemos pessoas novas. O que acha de um café, milorde?

Ele me encarava diretamente nos olhos E quase suspirei por isso. Alec estendeu os braços pra mim, e os entrelacei na mesma hora.

— Milorde? Que antiga, não?! Mas não recurso, milady — piscou, novamente com os olhos brilhando de um verde totalmente feiticeiro.

— De que demônio você é filho?

— Azazel — respondeu desgostoso.

Não evitei a expressão de surpresa. Logo o tenente do inferno?!

— Uma Shadowhunter rebelde havia usado uma antiga poção feita pela feiticeira Iris para conseguir engravidar dele. Azazel me criou por um tempo quando até que me tornei um adolescente. Quando ele viu a minha aparência me tornando um homem, ele me rejeitou. Dizia que Raziel havia amaldiçoado seu filho. Antes ele me chamava de Ramundun, até que ele passou a dizer que meu nome na verdade é Alec Lightwood. Eu acabei gostando bem mais desse, detestava Ramundun. Qual é, até mesmo Asmodeus deu nomes melhores ao seus filhos. Azazel me deixou e saiu por aí fazendo outros filhos com humanas.

Eu prestei atenção em cada palavra que ele dizia. Alec na verdade é um híbrido como eu. Pensei que eu iria desmaiar ali mesmo. Não é possível. Como eu nunca ouvi falar dele? E Outros filhos? Seriam uma possibilidade de ser uma reencarnação de Jace, Isabelle e até mesmo Max? E Clary estaria por aí também? Por que Raziel havia sido tão bondoso assim?! Bom, não importa. Magnus e meu pai mesmo disseram que caçadores de sombras reencarnam depois de anos de alguma forma, mas não achei que seriam aparências com tanta perfeição.

— Você conheceu seus outros irmãos? — questionei tentando parecer o menos interessada possível, mas a minha vontade era de balança-lo pelos braços e exigir que me contasse toda verdade.

— Conheço sim, são como uma família pra mim. Quem sabe um dia você não os conheça também.

E que isso aconteça o mais rápido possível.

— Você tem acesso a armas de caçadores das sombras? — indaguei.

— Oh, sim! Tessa Gray me ajudou quanto a isso. Os caçadores das sombras também pareceram bem surpresos ao me verem, mas consegui suas armas. Me tornei um arqueiro. É a arma que manuseiou com maestria.

Mordi os lábios para conter outro sorriso. Nem na reencarnação não muda.

Passamos em frente à uma praça que em meio aquele frio as pessoas ainda tentavam vender flores, e inúmeras outras coisas. Alec me levou até uma flor branca, uma flor que costumava ter na estufa do Instituto, a onde nos beijamos pela primeira vez. Ele estava todo concentrado observando as flores, e eu não conseguia tirar os olhos de cada detalhe perfeito do seu rosto.

— Lindo — sussurrei. Ele se virou rapidamente e arqueou a sobrancelha pra mim — As flores, meu arqueiro.

Ele riu, e retirou uma flor dali colocando sobre meu cabelo. Eu prestava atenção em cada movimento dele como uma idiota.

— Se você continuar me chamando de seu, não me responsabilizo pelos meus atos, Rodwelly — piscou e seguiu seu caminho.

Pisquei atordoada com a sua ousadia. 50% é o antigo Alec, e o outro 50% é um novo Alec. Sai atrás dele andando rápido, e bem em frente havia uma ótima cafeteria. Nos sentamos bem em frente observando a neve cair novamente, e as crianças que brincavam correndo. Ele pediu seu cappuccino acompanhado de pãoszinhos de creme, e eu optei por chocolate quente com crepes.

— O que te trás a Alemanha? — Me inclinei sobre a mesa, colocando as mãos sobre o rosto e o olhando com interesse.

Vá com calma, não seja ansiosa. Você já tem 621 anos para agir como uma adolescente.

— Eu e meus irmãos estamos vigiando pelo mundo, resolvemos nos estabelecer aqui por um tempo. Mas pelo visto, acho que estou ganhando um novo motivo para ficar — estendeu o dedo indicador e tocou meu nariz, o que me fez rir.

— Você acha?

— Isso é você quem vai me dizer — sussurrrou se inclinando pra frente, e piscou me fazendo arfar.

A garçonete voltou com nossos pedidos, e desejou um bom apetite. Agradecemos e demos atenção ao nossos pratos. Eu nem percebi que estava com fome até começar a comer meu crepe.

— Eu acho que você me deixou esperando por muito tempo — murmurei, mas ele ouviu de novo.

— Eu devo dizer que a runa da audição é minha preferida — afastou a luva, mostrando a runa em sua mão direita — E me perdoe por isso, milady. Não sabia que esteve esse tempo todo me esperando.

Minhas bochechas esquentaram de vergonha. Eu guardaria meus pensamentos apenas para mim, nunca irei saber quando Alec estará com sua runa da audição ativa por conta das roupas de frio o cobrindo. Por isso mesmo que pensei que era apenas um feiticeiro.

— A espera acabou, é isso o que importa.

Terminei de comer meu crepe, e virei o copo de chocolate quente o fazendo me encarar com os olhos levemente arregalados. Bom, meu apetite de caçadora das sombras nunca me deixou. Ele continuou comendo em silêncio, até que reparei em sua boca suja de creme. Me inclinei e limpei rapidamente, mas seus olhos não deixaram os meus por um segundo.

— Eu preciso ir, marquei de encontrar meus irmãos. Mas hoje a noite nessa mesma praça teremos um evento de aniversário da cidade. O que acha de me encontrar aqui? — sugeriu e assenti freneticamente.

— Sim, milorde.

— Estarei esperando você aqui, milady — ele segurou minha mão, depositando um beijo em suas costas sem desviar o olhar dos meus olhos — Até breve, EVIE Rodwell.

— Até breve, Alec Lightwood.










VOCÊS ACHARAM QUE EU NÃO IA VOLTAR PRA TOMBAR VOCÊS NÉ? KSKSKSK

Enfim, galera. Hoje eu postei toda trilogia de HYBRID no Spirit no perfil de REEHCAMERON(avisei isso no meu quadro de notas daqui)

Eu estava sentindo falta pra caramba dessa história, e resolvi fazer o bônus que muitos me pediram. Espero que tenham gostado.

Como vocês estão nessa pandemia? Bom, eu em 50 tons de surto e acabei perdendo entes queridos(uns por covid e outros não) mas seguimos nossa vida. Espero que não saiam de casa se não for de necessidade, e se cuidem. Beijoos.

𝙈𝙚𝙢𝙤𝙧𝙞𝙚𝙨 ○ 𝓫𝓸𝓸𝓴 3Onde histórias criam vida. Descubra agora