Farsas

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ALEC LIGHTWOOD 

— Quer chocolate ? — estendi as barrinhas para Izzy, que havia comprado enquanto andávamos pela avenue b.

— Desde quando você come doce? — semicerrou os olhos, desconfiada.

— Tudo bem, eu sei que doce te ajuda a continuar controlada com relação ao yin fen — admiti.

— Da próxima compra sem coco — disse tomando das minhas mãos  — Afinal, o que está acontecendo entre você e Evie?

Ah, era só o que me faltava.

— Eu reparei que Evie te deu um olhar nada legal, e você nem se aproximou dela, mal olhou pra ela — me encarou com aqueles olhinhos curiosos.

— Eu e Evie nos separamos — dei de ombros — Só isso.

— O que? Por quê ? — Não escondeu a surpresa.

— Eu fui um péssimo marido e fui egoísta. Evie não estava bem sem a magia, tentou se matar e eu não percebi isso.

Isabelle quase engasgou com o chocolate.

— Caramba, e nós duas somos melhores amigas...ou éramos né. Eu também não percebi isso.

— De certa forma, você salvou a vida dela — Izzy frangiu o cenho — Se você não tivesse aparecido naquela hora para procura-la, ela teria morrido afogada.

— Eu preciso conversar com ela...

— Eu ia pedi-la em casamento novamente, mas as coisas não saíram como planejado.

— Foi por isso que a mamãe devolveu o anel da família para mim dar a você?

— Sim, eu o queria de volta para pedi-la. Enfim, pelo menos graças a mim ela voltou a ser o que era.

Isabelle frangiu o cenho e me encarou. Acho que falei demais...

— Voltou a ser...

— Greenlow não era para estar aqui? — mudei de assunto rapidamente, e ela percebeu que eu não queria falar sobre aquilo no momento.

Isabelle normalmente costuma ser insistente, mas dessa vez ela simplesmente deixou passar.

— Tem razão — olhou para o celular, até que escutamos barulhos de espadas.

Desviei o olhar para o beco do outro lado da rua, e havia sombras lutando. Isabelle e eu corremos para lá, mas já encontramos apenas o sentinela ferido no chão.

— Quem fez isso com você? — me agachei diante dele junto com a minha irmã.

— Caelesti Ignis — disse com a voz fraca em latim — Lá dentro...

Isabelle tentou ativar a runa da cura dele, mas já não funcionava por não adiantar, ele já estava morto.

— Vamos falar com a mamãe sobre isso

                          XXX

— Quem mais sabe sobre isso? — Maryse parecia preocupada, mas aparenta já ter ouvido falar sobre isso em algum lugar.

— Apenas a senhora — Isabelle respondeu.

— Os ferimentos dele foram feitos por uma lâmina serafim, mas sabemos onde nosso pessoal estava na hora do assassinato. Achamos que foi um ataque da clave — expliquei.

Isabelle me deu um olhar de questionamento, uma pergunta silenciosa para saber se poderia contar e apenas assenti.

— Ele disse uma coisa antes de morrer : Caelesti Ignis, latim para fogo celestial. Sabe o que significa?

𝙈𝙚𝙢𝙤𝙧𝙞𝙚𝙨 ○ 𝓫𝓸𝓸𝓴 3Onde histórias criam vida. Descubra agora