Noivos tristes, cobertores quentinhos e jacuzzis

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Rolo na cama, Cole não está me segurando. Coloco a mão no seu travesseiro... ninguém. Me levanto devagar, estava com frio na barriga, com medo de ter machucado ele. Coloco um roupão que tinha por ali e desço as escadas.

Não o vejo na cozinha, nada preparado também. Saio para o convés, ele está na frente do barco, encarando a água. Posso ver os músculos de suas costas nuas e o jeito que os moletons que ele usava caiam bem sobre sua cintura.

Deus, ele é delicioso. Sinto vontade de morder suas costas inteiras, lamber cada parte do seu corpo e chupar tudo que posso chupar.

— Lil? — sua voz é grave, me tira do transe.

— Oi — olho para baixo e caminho até ele — Me desculpa por ontem, fui uma vadia com você.

— Tá tudo bem — ele dá de ombros.

— Não, não está — digo, acho que ele quer colocar as mãos na minha cintura, porém não sabe se eu estou brava — Eu te culpei pelo que seu pai fez, pelo nosso cliente mesquinho. Eu fui horrível com você — mordo os lábios, pego seus braços e os coloco ao redor da cintura.

— Eu te desculpo, loira — ele cola nossos lábios — Amo você pra cacete, tá?

— Eu amo você também — sorrio e o deixo beijar meu pescoço.

— Você vai acabar comigo, Reinhart — ele sussurra.

— Espero não fazer isso — digo.

— Minhas costas tão doendo, dormi no sofá hoje — ele diz.

— O que? Por que?

— Porque você parecia abalada, queria te dar espaço.

— E por que não dormiu no quarto de visitas?

— Porque eu achei que merecia o desconforto.

— Ei Cole — seguro seu rosto — Você merece o mundo — afirmo — E mais.

— Não mereço não... eu sou uma pessoa ruim, Lili. Eu já machuquei muita gente nessa vida.

— Não, você não é. Eu sei que talvez no passado, você machucasse as pessoas por causa do que aconteceu com a sua mãe. Por causa de toda aquela raiva... — faço uma pausa — Mas você é diferente agora, e eu te amo. Muito — beijo ele.

— Você acha mesmo que eu sou bom? — diz como se eu fosse seu pai dizendo que ele tinha talento para futebol. Como se precisasse muito da minha aprovação.

— Mas é claro que eu acho — digo firme.

— Eu... eu achava que tinha medo de mim — ele olha para baixo.

— Medo de você? — pergunto incrédula.

— Sim, achei que você me achava perigoso. Naquele dia que você saiu de casa, achei que achava que eu te bateria de verdade.

— Eu disse aquilo na hora da raiva — olho para o oceano — Tudo que você faz é me proteger, Cole. Nunca me machucaria, eu sei que não — abraço ele.

— Você me fez falta, isso meio que representa minha sanidade. Nós dois, juntos. Independente de quando, onde e como, você me traz uma paz enorme — sua voz é tão suave... e tão, dele.

— Podemos ficar bem quietinhos hoje? Desligar nossos celulares, ficar só curtindo um ao outro nesse barco gigante? Sem estresse, sem trabalho, sem irmãos, sem amigos, sem ninguém. Só nós dois, relaxando — proponho.

— Eu ia adorar isso — ele sorri e me dá um selinho.

— E para suas costas... podemos entrar na jacuzzi hoje — mordo os lábios sorrindo.

APENAS SUA - sprousehartOnde histórias criam vida. Descubra agora