Famílias Italianas, crianças fofas e saudades mortas

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Entrei no jato e vi Mia sorrindo.

— Oi! — sorrio.

— Oi! — ela levanta e me abraça.

— Então, dormiu bem? — pergunto sentando.

— Sim, e você? — ela pergunta e senta.

— Também — rio.

Eu fiquei a viagem inteira pensando se estava pronta para conhecer a família de Cole. Eu tenho um milhão de perguntas.

"Será que sabem sobre a briga de Cole e Dylan?"

"Será que sabem da minha briga com Cole?"

"Será que o Cole já levou alguém para conhecer a família dele?"

"Será que vão gostar de mim?"

"Será que eles vão ser doces e simpáticos como os Sprouse que eu conheço?"

"Será que já tem um monte de suposições e expectativas sobre mim? E se eu quebra-las"

"Será que aprovam o que eu e Cole temos?"

Do que eu to falando? Cole e eu não temos nada. Não mais.

Eu queria perguntar tudo para Mia, mas não tinha coragem. Porque eu não sei se realmente quero saber essas respostas. Eu pareço um cego indo para um quarto cheio de pessoas que nunca vi na vida. Eles podem ser legais comigo ou enfiar uma adaga no meu peito.

Nunca se sabe.

Claro que isso é uma metáfora, eu não acho que alguém tão doce quanto Christian possa ser filho de assassinos. A Tess conheceu eles ano passado, ela disse que eles são as pessoas mais legais e sorridentes que ela já conheceu. Mas e se eles já não gostam de mim?

Todas as minhas perguntas foram deixadas de lado quando o piloto anunciou que havíamos chegado. Arezzo, Itália, senti falta daqui.

Não pude evitar em ter flashes de 6 anos atrás, quando eu e Cole pousamos aqui. Ele correu com o carro na pista e eu disse: "Seu louco tá muito rápido" e ele apenas respondeu: "Estamos em uma pista de avião, Lil" e riu. As borboletas que não apareciam a algum tempo deram as caras na minha barriga com a lembrança.

Um carro pegou nós duas e nos levou a uma casa enorme, era tradicional só que era enorme. Era luxuosa mas ao mesmo tempo meio retrô e muito estilosa. Os nervos começaram a chegar quando saímos do carro. Eu sabia que era hora de conhecê-los.

— Vem, bobinha — percebo que Mia já está na porta, engulo seco e ando até ela.

— Ciao mio caro! Mi manchi! — uma mulher de idade atende a porta, suponho ser a avó dos meninos — Chi è il tuo bellissimo amico? — a senhora olha para mim sorrindo.

— Ciao, sono Lili, Lili Reinhart! — sorrio e ela arregala os olhos.

— Mio Dio! Finalmente te conheci! — ela sorri e me abraça.

— É um prazer em conhecer!

— O prazer é todo meu, sei ancora più bella che nelle foto — ela fala. Ela disse que sou mais bonita do que nas fotos. Cole mostrou fotos minhas para ela?

A Sra.Sprouse me apresentou para a família toda. Não era pouca gente. Mas, eu desconfiava, eles são italianos, não esperava menos do que 14 pessoas. Mas eles não vão ficar, Sra.Sprouse disse que eles voltariam para casa hoje, a casa ficaria "vazia" e não tinha nenhum problema eu ficar aqui. Kimberly, Christian, Molly, Henry e Tess passam pela porta.

— Lili! Meu Deus! — Kim me abraça.

— O que tá fazendo aqui? — Tess pergunta e me abraça também.

APENAS SUA - sprousehartOnde histórias criam vida. Descubra agora