Cafés, sogras e pedidos

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Tento encontrar uma posição confortável e não dolorida para sentar na cadeira de madeira enquanto Camila e Madeleine conversavam sobre a ação de graças delas.

— Lili? Você vai sentar ou tá difícil? — elas se viram para mim.

— Tá difícil — digo, me mexendo mais uma vez.

— Ninguém mandou transar demais, Deus castiga — Camila diz.

— Inveja é uma doença séria, melhore — digo.

— Eu tenho inveja mesmo — ela bate no peito orgulhosa.

— Eu também — Madeleine fala — Um pouco menos do que a Camila, mas invejosa.

— Engraçada Madeleine — Camila finge rir.

— Qual transa a gente vai ouvir primeiro? — Madeleine pergunta.

— Hum... — apoio minhas mãos em cima da mesa — Ordem cronológica?

— Pode ser — elas dão de ombros.

— Como passaram a ação de graças? — pergunto.

— Eu fui para a casa da família de Vanessa em Albany, eles nos encheram de perguntas sobre filhos. Não respondemos nenhuma. A prima chata dela dormiu com a gente — Mads conta e a gente vira para a Camila.

— Fomos para os Hamptons, na casa dos meus tios. Como sempre fazemos, porém dessa vez eles estavam muito animados pela gravidez e sufocaram o Charles. Ele desmaiou e eu tive que levá-lo para o hospital. Passei a noite lá, com a Melissa na casa dos meus tios e eu querendo bater no Charles! — Camila revira os olhos bufando.

— Eu transei com o Cole no banheiro de uma loja de conveniências — confesso.

— Viu? É por isso que eu tenho inveja! — Camila diz incrédula e eu rio.

— Explica! — Mads fala.

Eu conto tudo para elas, cada detalhe, sem pular nada. Eu conheço minhas amigas, se deixasse qualquer coisa de fora, choveria:

Não, mas onde ele te apoiou?

Ele arrancou ou rasgou a calcinha?

Vocês se beijaram ou gemeram mais?

Quantos minutos durou mais ou menos?

Descreva o orgasmo, direto em?

Ele gozou fora ou dentro?

Xingou caralho ou cacete?

Elas são curiosas como o inferno. Contei sobre ele querer me levar no barco e estava contando sobre nossa pequena partida de sinuca.

— Daí, ele me curvou sobre a mesa — começo a contar, as duas  me olhavam como se estivessem assistindo um filme, mas sou cortada pelo sino da cafeteira.

Olhamos para porta, Kimberly é revelada, estava com um vestido vermelho que destacava suas curvas, batia em seus joelhos. Usava um scarpin nude e a sua bolsa era da Channel, o ambiente todo parecia se mover enquanto ela apoia o braço no balcão.

Logo que acaba de falar com a atendente, vira a cabeça e analisa o restaurante, seu olhar pra em mim abrindo um sorriso enorme e caminhando até nossa mesa.

— Oi, meus amores! — Kimberly sorri parando em nossa mesa.

— Oi, Kim! — sorrio.

— Boa tarde, senhora Sprouse — elas sorriam.

— Kimberly, por favor — ela diz.

— Eu sinto muito por não termos ido ao seu leilão, estávamos fora da cidade por conta das festas — Camila se desculpa.

APENAS SUA - sprousehartOnde histórias criam vida. Descubra agora