Contra o mundo

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Quando fiz o check-out no hotel, os funcionários sequer imaginavam que eu não estava saindo sozinho

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Quando fiz o check-out no hotel, os funcionários sequer imaginavam que eu não estava saindo sozinho.

Destiny e Cassandra já se encontravam no carro, escondidas. Eu não queria que elas fossem vistas por ninguém passando pelo estacionamento e questionadas sem antes eu explicar com calma o que aconteceria com elas e como nós iríamos embora de Lorena – considerando a ausência de documentação para as duas.

Teodoro vinha me ajudando com isso e outras coisas, sendo regiamente bem pago por mim. Não gosto muito de dever dinheiro ou favores a ele, mas quando se está construindo um plano de vingança à medida que ele acontece, é necessário recorrer à única pessoa naquela ilha quente como o inferno que eu conhecia o mínimo.

Assim que terminei o check-out e recebi a nota fiscal do hotel, além dos cumprimentos dos sorridentes funcionários do hotel, pegaria o elevador para o estacionamento, mas fui interrompido no caminho por uma voz que eu conhecia.

- Rico Montero. Eu não acredito que você está aqui em Lorena.

Harry Park. O filho da mãe é uma pessoa que volta e meia se envolve no meu caminho. Agente do FBI, um dos melhores, devo admitir. Uma vez ele quase me pegou numa ação na Flórida, quando me contrataram para matar um traficante rival de outro, meu contratante.

O morto era alvo do FBI, e eles tentavam prender o idiota há anos. Sorry, Park, mas precisava valer meu pagamento.

- Qual foi o motivo que te fez vir aqui? Duvido que tenha sido férias.

- Na verdade, foram férias, Park. De fato, estou de férias há um bom tempo - eu acho que você deveria descansar também. Vejo bolsas abaixo dos seus olhos, está cansado...

- Não sabia que era piadista, Montero. Ainda me lembro no dia que você atrapalhou uma investigação federal.

Ele realmente é rancoroso.

- Meu caro, eu realmente estou aqui para relaxar. Aliás, para você ficar feliz, já fiz o check-out. Estou indo embora desta ilha.

Segui até o elevador, sentindo as costas queimarem; sabia que Harry estava de olho em mim. No entanto, não tinha interesse algum em me informar sobre suas aventuras em Lorena – enquanto a missão dele não se confundir com a minha, os problemas dele eram dele.

Finalmente cheguei ao estacionamento e abri a porta do carro. Percebi Destiny agachada atrás do banco do carona, que afastei um pouco para dar espaço às duas; enquanto Cassandra ficou dentro de uma cestinha no banco traseiro.

Quando ela ameaçou se levantar, eu a impedi.

- Ainda não. Só depois que sairmos desse hotel. Vamos fazer uma longa viagem.

- Como assim, "longa viagem"? – ô mulher que pergunta.

- Para que possamos ir embora de Lorena com segurança junto com a menina, precisaremos de documentos. Não anda com uma identidade por aí, ou tem alguma escondida?

DestinyOnde histórias criam vida. Descubra agora