Os desconhecidos

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Então... Qual será a resposta de Destiny?

(o capítulo é curtinho, mas revelador)

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Eu não sei dizer o que sinto por Destiny, mas ela me completa

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Eu não sei dizer o que sinto por Destiny, mas ela me completa. Ela viu em mim mais do que um assassino de aluguel, ela percebeu que eu era alguém que merecia ser cuidado, alguém que merecia ser protegido, mesmo que eu não precisasse de proteção.

Proteção física, eu não preciso. Já emocional...

Mas eu sabia quem eu era. Eu não era ninguém, não tinha pátria, meu nome não era Ricardo Montero. Esse nome foi dado a mim pelo homem que me acolheu e me criou para me tornar alguém como ele: assassino. A pessoa que existiu antes dos meus oito anos, esse alguém eu não me recordo mais.

Mas eu sei que Destiny tinha uma família. Por suas lembranças, existia uma história, parentes que a amavam, o irmão que a protegia, uma família com recursos. Será que eles aceitariam um homem como eu, quebrado? Um lobo solitário que não queria se envolver e se misturar com ninguém?

Mas eu me lembrei de algo importante, algo que me doeu quando eu a vi triste e ferida por eu tê-la recusado em Pérola. Eu não poderia ter controle do futuro, não poderia ter controle do destino. Se tinha uma mulher com o nome que significava justamente "destino" ali ao meu lado, era porque existia uma mensagem . Eu tinha o direito de arriscar, de fazer aquilo que... Puta merda, eu tinha um coração!

Eu queria Destiny ao meu lado. Eu não queria me preocupar com o futuro, eu já sabia o que eu iria fazer naquela ilha, eu não queria me preocupar com o dia de amanhã. Eu só queria ter a oportunidade daqueles olhos cor de mel não me olharem com tristeza, que ela confiasse em mim e me quisesse, independentemente de quem eu era ou de que não deixaria de ser. Que ela não se importasse com o fato de que eu tinha um passado terrível, que eu não era o homem perfeito ideal. Eu só queria ser aceito com as mãos sujas de sangue, com os meus fantasmas, com as minhas manias.

Mas não queria que ficassem comigo por pena; queria por inteiro. Não sou homem de querer metade, eu quero até o fim, tão profundamente, que eu nem saberia quando chegar ao fundo. Mas eu era consciente de que Destiny estava irritada e magoada comigo o suficiente para dizer "não" a minha proposta, ao mesmo tempo que... Aquele beijo me provou que ela me queria por completo. Ela não tinha nojo, horror de mim, por meu emprego bastante curioso e pouco aceitável pela sociedade. Destiny não virou as costas para mim por eu ser quem eu era, mas pelas merdas que eu fiz a ela.

- Preciso que quebre as minhas barreiras, Destiny. Você seria capaz de destruir tudo isso e aceitar as merdas que vierem junto?

- O quê? Aceitar... Que você é quem você é? Sem pátria, sem família, sem nada? Só um nome e uma habilidade mortal que dá medo na maioria das pessoas?

- Isso mesmo. Você seria capaz disso? De aceitar uma arma que anda e respira? Seria capaz de querer alguém assim?

Precisava ouvir a verdade dela! Eu aceitaria até uma recusa: Destiny tinha direito a me repudiar para sempre, eu tinha culpa, falei coisas que a magoaram muito. Mas... Ela apenas me observou, avaliando as minhas perguntas e ali eu vi que ela não me aceitaria. Eu a feri o suficiente para que Destiny me recusasse para sempre.

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