Vigilante noturno

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INFERNO! EU VOU MATAR AQUELE DESGRAÇADO!

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INFERNO! EU VOU MATAR AQUELE DESGRAÇADO!

Ainda bem que combinamos o envio da mensagem caso estivéssemos com problemas, e puta que pariu, a escolha de palavras de Destiny foi fundamental - "Rico, Antero tá aqui! Não demora, viu? Ele tá louco pra tomar um vinho contigo!" era inocente, podia ser que Robles estivesse perto dela e aquela frase já era o suficiente para entender que o perigo estava próximo.

Inferno! Homem babaca, não tem o que fazer? Cercando minha mulher pra quê, porra?

Acelerei com o carro sem me preocupar com os sinais de trânsito; não apenas a segurança de Destiny estava em jogo: a menina estava lá, e se o desgraçado quisesse ver o rosto de Cassandra?

Não, Destiny era esperta, daria um jeito de disfarçar, mas não podia confiar em Antero.

Inferno, hoje eu mato aquele desgraçado!

Nao me preocupei com a velocidade permitida dentro do condomínio: entrei pelas ruas cagando pro fato de que era pra eu andar a 20km por hora (me processem) até chegar à porta da residência. Peguei o controle e apertei, abrindo o portão eletrônico da garagem e fiz o maior esforço possível para não invadir a casa com o carro. A audácia de Antero Robles era absurda.

Saí do carro, segurando uma pasta de couro 007, mantendo a persona do "empresário em negociações" e caminhei a passos largos pelo hall de entrada, flagrando o miserável sentado numa poltrona, se achando o dono da casa, enquanto Destiny segurava Cassandra com o rosto dela escondido no colo. Tinha um chapéu rosa na cabeça e eu consegui reparar em um óculos infantil em seu rosto.

Jogada inteligente, Destiny.

- Ainda dá tempo para um vinho?

O sorriso de Antero era simpático, mas dava pra ver que não tinha brilho nos olhos. Achava que ia passar o dia inteiro cercando minha mulher, otário?

- Mas é claro que sim, Ricardo! – o aperto de mão foi forte, e respondi da mesma forma. Querendo cantar de galo na casa dos outros, que cara de pau. – Sua esposa sempre uma excelente anfitriã.

- Des é excelente em tudo! – me aproximei, percebendo que ela estava mais à vontade, e não me furtei em beijá-la na boca, para acabar com a animação de Robles.

Foi um beijo simples, apenas lábios encostados, porque Destiny carregava Cassandra, com aqueles badulaques no rosto que me deram vontade de rir. Mas eu sentia que não havia mais surpresa vinda dela com aqueles gestos; eu a envolvi em meus braços e seu corpo não endureceu com meu toque, apenas deixou-se levar, fazendo com que eu tivesse a sensação curiosa de... De que estava tudo certo, da forma como se apresentava: Destiny em meus braços, perto de mim, seu corpo menor que o meu, sob minha proteção, enquanto Cassandra permanecia nos braços dela, pronta para brincar na praia ou na piscina... Era tudo... Normal, fazia sentido.

- Meu amor, sentiu minha falta? – olhei para a bebê, que de óculos rosa e um chapéu na cabeça, parecia uma versão em miniatura de um humano.

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