HABEMUS CAPÍTULO EXTRA!!!
vocês vão me matar? SIM, mas todas as decisões aqui fazem sentido para os personagens
---
Ninguém cuidou de mim da forma que Destiny estava fazendo naquele momento.
Durante a infância, antes de Montero me pegar na rua e me transformar no homem que sou hoje, eu tinha que me virar e dar um jeito de não me ferir. Se eu me machucasse, era minha sentença de morte, a rua – e quem morava nela - não teria pena de mim.
Montero também não era melhor, "se vire, cuide-se sozinho, ninguém gosta de gente fraca", mas me ensinou o básico, porque ninguém ia cuidar de mim numa missão.
Não estava acostumado às preocupações alheias, e aquilo... Destiny sabia que eu não estava voltando de um passeio no parque, eu tinha matado, destruído pessoas, atirado na cabeça de vários, mas lá estava ela calma, ponderada, curiosa, respondendo rapidamente às minhas questões como a mulher inteligente que era.
Puta que pariu, eu adorava essa mulher.
- O que aconteceu?
- Fiz o que eu tinha que fazer. Perito Camargo não está mais vivo para contar a história, e eu acredito que boa parte da gangue dele também não.
- Você acha que alguém vai desconfiar de que a mesma pessoa que explodiu o banco foi a mesma que atacou a gangue?
- Não sei se eles vão associar, Des, mas espero que façam. Eu espero realmente que façam, mas que eles entendam que as ações não foram feitas por uma pessoa de fora. Eles precisam achar que alguém do Esquadrão está por trás de tudo isso. Tanto é que os bandidos acharam que o Esquadrão estava traindo eles durante o tiroteio.
Não me lembro de quando comecei a chamá-la de "Des" sem ser para fingir em nosso relacionamento de mentirinha, mas era ótimo. Já tínhamos suficiente proximidade para que eu me sentisse confortável em usar o apelido, e ela não se incomodava. Porque Destiny tinha cara de "Des", daquele nome curtinho que a gente usa pra falar com alguém com quem nos importamos.
Eu me importei com poucas pessoas em minha vida. John era um deles. Dani, a responsável por toda essa missão de vingança, também. Mas nada, nem mesmo o... O afeto, ou o que quer que eu sentisse por ela, se equiparava a esse universo confuso que surgiu em mim desde o momento em que eu pus os olhos em Destiny. Tudo que eu achava natural e normal dentro de mim, a solidão, a necessidade de não querer o apoio, o carinho de ninguém, não existia pra ela.
Destiny não sabia quem era, não tinha memória, apenas pedaços, mas ela tinha um domínio de quem era, intimamente. Ela era inteligente, rápida nas respostas, gostava de história, protegia ferozmente uma criança com quem ela não tinha nenhuma ligação genética, tinha instinto de sobrevivência e era sincera, transparente, viva. Havia calor, emoção, quando eu... Eu só queria que alguém se importasse comigo e defendesse minha humanidade quando...
VOCÊ ESTÁ LENDO
Destiny
RomanceRico é um assassino profissional que viaja até a ilha de Lorena, no Caribe, para buscar a mulher de seu amigo - que em seu leito de morte, pediu a Rico que cuidasse de Danielle. Porém, Dani está morta, e o que era uma busca vira uma missão de ving...