Rico é um assassino profissional que viaja até a ilha de Lorena, no Caribe, para buscar a mulher de seu amigo - que em seu leito de morte, pediu a Rico que cuidasse de Danielle.
Porém, Dani está morta, e o que era uma busca vira uma missão de ving...
Este capítulo eu chamo carinhosamente de "recálculo de rota", porque enquanto pensava na linha que seguiria até chegar aos pontos de virada do livro, me vi com uma coisa que tinha deixado passar lá atrás...
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Marquei uma conversa, uma reunião com o Federico Santoro, o chefe de polícia de todo o país. Apesar do Esquadrão em tese não fazer parte do aparato policial, todos do grupo eram policiais, e todo mundo se encontrava, se conhecia. No fim das contas, Federico Santoro conhecia meio mundo no Esquadrão, e podia me ajudar a descobrir o que estava acontecendo.
- Qual é a sua desconfiança, Antero? - perguntou igualmente preocupado, após ter comentado sobre todas as ações - A destruição do banco e a morte de Perito Camargo teriam sido ação de uma única pessoa, um cara que aparece vestido de Esquadrão? Não creio que seja um dos nossos, os caras são fiéis.
- Ou não... Tem alguém dentro da organização que está traindo a gente. Não sei o motivo, não sei a razão, mas ele é de lá. Não tem como, os alvos são muito específicos. Nosso banco, nosso parceiro em Pérola... Ele acabou com o tráfico lá, o prefeito da cidade está todo contente! Um dos nossos caras que ainda tá lá disse que ele vai fazer uma devassa na sua polícia!
Federico Santoro riu, confiante. Ele achava que sua polícia jamais mudaria de lado. Vai confiando, especialmente com esse aspirante a Rambo fodendo nosso esquema.
- O prefeito não pode fazer nada; o governador do estado está na nossa folha de pagamento. Mas a preocupação, para mim, é o fato de esse cara ter explodido o banco. Ele tinha bombas poderosas, sofisticadas. Explosivo plástico, coisa de terrorista. A gente não tem acesso a isso, Antero. Não trabalhamos com bombas.
- Como assim? Os homens do Esquadrão são bem treinados, vocês podem ter algum policial que fez parte do exército...
- Não no nível desse cara. Eu não ficaria surpreso se dissessem que é um agente de Lorena, um federal... Não se esqueça que os federais podem estar em torno, os americanos não te engolem.
- Um agente de Lorena trabalha sob as ordens de Larossa, e o presidente está na minha mão - tomei um gole de vinho, Federico Santoro só tomava argentinos. Tinha bom gosto, o filho da mãe. - Não vou cometer os mesmos erros dos colombianos.
- Mesmo assim, eu compartilho dessa preocupação. Pode ser que esse cara seja do esquadrão ou não, mas é uma semente, uma semente para foder todo mundo. Vou dar uma olhada, fazer uma devassa, depois eu volto e te conto mais informações ok?
- Eu agradeço muito pela sua proatividade, Santoro.
Com Federico investigando quem poderia ser o hijo de puta traidor, estava de olho em meus próximos passos – proteger os meus parceiros e laboratórios nas outras cidades.
Vou colocar Milo nessa, e mandá-lo para Tierra Roja, onde ficam os meus laboratórios secretos na floresta.
Mas... Santoro pontuou algo importante. Se esse "cara do Esquadrão" for agente secreto de Lorena, isso significa que Larossa quer me trair? A mim, que botei ele naquela maldita cadeira, mandei as melhores putas e forneci dinheiro, drogas e armas pra ele se manter no poder?
