Olhos de águia

1.3K 195 143
                                    

Sextou! E hoje é hora de ver um pouco desse primeiro encontro entre Robles, Rico e Destiny... E a reação do nosso fanfiqueiro...

---

Sou um homem precavido - sempre faço a linha "boa vizinhança" não apenas porque me considero um animal social: eu gosto de conhecer, conviver com as pessoas, sou muito extrovertido e aberto a novas experiências

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Sou um homem precavido - sempre faço a linha "boa vizinhança" não apenas porque me considero um animal social: eu gosto de conhecer, conviver com as pessoas, sou muito extrovertido e aberto a novas experiências. Mas também porque, no fim das contas, eu não confio em ninguém.

Foi Rivera, meu braço-direito, quem comentou sobre a chegada de novos vizinhos à residência bem em frente à minha há mais ou menos quatro dias. Consegui uma informação com o corretor de imóveis sobre o nome do comprador - Ricardo Montero. Empresário, investidor do setor hoteleiro, canadense, casado com uma moça chamada Destiny, e tinha uma filha pequena, cujo nome não descobri ainda.

Fui atrás de mais dados: eu realmente não gosto muito desse tipo de novo vizinho, muito perfeito – associado ao setor hoteleiro, canadense, neutro. Pode se apresentar como "canadense" porque na verdade quer disfarçar que, na verdade, é um agente americano do FBI.

Mas o que me passaram foi bem tranquilizador: Ricardo Montero chegou em Lorena há uma semana; enquanto Destiny e a filha deles já estavam no país há mais tempo. Então, provavelmente era uma mudança de vida, ou uma temporada em uma ilha paradisíaca. Ou Montero queria fazer negócios, abrir uma cadeia de hotéis, algo assim.

O cara era rico e queria uma rotina mais discreta. Fiquei convencido.

Geralmente quando eu quero receber meus vizinhos, pessoas que não são ligadas ao meu mundo, eu era mais simpático; e os canadenses não são os Estados Unidos – americanos conhecem minha fama; enquanto os outros me veem como um empresário, um cara que conhece tudo do país. Por isso, sempre levava um vinho como um presente de boas-vindas.

Não os vinhos de Lorena, o foco do país é mais a exportação de açúcar. Mas em minha casa há uma adega bem sortida com rótulos argentinos maravilhosos produzidos em Mendoza.

Bati à porta, e demorou um pouquinho; também apertei a campainha. Estava até paciente: eles podiam estar cansados ou cuidando da filha. Logo uma voz feminina perguntou quem era e eu respondi.

Quando a porta abriu, tive uma surpresa. Eu me deparei com uma visão... Eu particularmente não esperava, ela não era como eu imaginava, nem de longe, o perfil da esposa de um rico investidor – uma mulher glamorosa, extravagante, salto alto. Tampouco a foto 3x4 fazia jus, de forma alguma.

Ela era linda! Os cabelos bagunçados se mexendo com o vento, que balançava também o vestido floral singelo, quase inocente; ela estava descalça, usando apenas o anel de casamento, e tinha os mais belos olhos que eu já vi. Amendoados, cor de mel, transparentes, ingênuos – o que era estranho, porque normalmente quando você já tem um filho sua expressão fica mais madura e preocupada. Ela parecia inocente, intocada. Linda, a pele negra suave, as mãos de boneca, os lábios carnudos, suculentos... Parecia uma fruta madura prestes a cair do pé.

DestinyOnde histórias criam vida. Descubra agora