Até logo

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Não era uma despedida, e sim um te vejo em breve

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Não era uma despedida, e sim um te vejo em breve.

Eu precisava daquelas memórias porque sabia que poderia demorar a ver Rico outra vez. Necessitava meu corpo consciente, vibrando, cada parte dele se lembrando da existência do meu marido, do único homem que amei e poderia amar, me tocando, me apertando, movendo-se calmamente, gentil, me preenchendo por completo, totalmente em mim, até que eu pedia uma coisa, apenas uma, e ele sabia me dar.

- Mais forte...

Eu desejava que o encaixe nunca saísse, que nada no mundo, nem mesmo o que vinha após, pudesse nos separar. Mas não podia envolvê-lo comigo, fazer minhas pernas cruzarem em suas costas, me agarrando de todas as formas a Rico, para que ficassémos juntos ali, para sempre, no mesmo abraço.

Havia uma missão a cumprir.

- Mas não vou demorar, meu amor, eu prometo... - a voz dele era um sussurro baixo, que me aquecia como se fosse um edredom, ao mesmo tempo que os dedos de Rico brincavam com o bico do meu seio, fazendo com que o calor se tornasse outra coisa.

- Nada de fingir que morreu, Rico... Eu não vou aguentar isso outra vez...

- Meu acordo com seu irmão é diferente agora. Ele precisa mais de mim do que eu dele. As cartas estão comigo.

- Só não quero que o FBI, a CIA, a SWAT e sei lá mais quem me impeçam de te encontrar quando você estiver em Miami.

Senti a outra mão dele passando por baixo dos meus cabelos, me distraindo com carinhos na nuca.

- O que faz algum sentido... Mas acho que podemos pensar em algo, Des. Que tal?

- Era isso que eu queria ouvir.

Estava envolvida em dúvidas e um aperto horrível no coração. Eu não queria me despedir de Rico, não queria a minha família separada outra vez... Mas eu precisava reencontrar os meus pais, lembrar seus rostos, saber que eles não me esqueceram.

Rico prezou pela minha segurança desde o começo: eu viajaria em um avião comercial, usando naturalmente meu passaporte e os documentos que ele havia inventado com o nome de Destiny Montero. Contudo, eu estaria protegida por alguns agentes do FBI, já que Emílio fazia parte do plano.

Mesmo sabendo dos termos do acordo, eu conheço meu irmão. Ele é insistente, teimoso. Não sei se ele cumpriria a parte dele.

A sensação de estar indo embora da minha terra, do meu lar, era estranha. Eu senti um frio na barriga, um medo irracional de ser descoberta de alguma forma... Eu sei que para todos os efeitos, Antero Robles está escondido em um bunker no meio da floresta, sem se expor porque seria reconhecido; mas e as outras pessoas? E os seus asseclas, eles poderiam estar me monitorando!

- Não se preocupe, Srta. Villena, está segura conosco. – o agente do FBI que me acompanhava na viagem parecia adivinhar meus pensamentos.

Achei estranho apenas ele me chamar por "Srta. Villena". "Só pode ser coisa de Emilio."

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