Código Destino

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Não me matem.

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Antes de explicar essa reação exagerada de Milo – ou Emilio Villena, vocês são espertos o suficiente para saber que ele é ele – é importante registrar como nos (re)conhecemos

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Antes de explicar essa reação exagerada de Milo – ou Emilio Villena, vocês são espertos o suficiente para saber que ele é ele – é importante registrar como nos (re)conhecemos.

- Então quer dizer que você é o famoso "Traidor do Esquadrão"...

A voz continha ironia, e a arma engatilhada indicava que ele estava disposto a matar.

Me virei com calma, a arma em punho. Pela forma silenciosa como se aproximou, se tratava de um profissional.

- Está certo... Você me encontrou... – dois podem jogar esse jogo.

Apontei minha arma para ele, e consegui reconhecer no ato de quem se tratava aquele cara. Era um cara da alta, alguém do círculo íntimo de Robles, não um soldado qualquer. Ao contrário dos soldados, estava com roupas de camuflagem e óculos de visão noturna, além de um gorro. Mas dava para ver sua compleição física forte, a pele negra sem marcas de expressão indicando sua juventude, e ao retirar o óculos, mostrou os olhos rasgados, desenhados a pincel, expondo uma expressão bastante analítica com um brilho de curiosidade.

Era estranho porque... Era como se eu o conhecesse.

- Estamos em um duelo de vontades... Quem atira primeiro?

Foi naquele instante em Tierra Roja, durante a invasão aos laboratórios de refino, em que o tal soldado de Antero, visivelmente mais esperto do que a média, parecia disposto a me matar, eu fui surpreendido ao vê-lo abaixando a arma.

Estranhei, me mantive alerta – pode ser uma armadilha, e qualquer dúvida, mantenho o dedo no gatilho.

- Não se preocupe, eu não vou te matar. – a voz dele se modificou, postura, tudo. Na hora, deu pra sacar que não se tratava de um traficante mixo de drogas. Filho da puta tinha até um sotaque.

Ele era um agente infiltrado do FBI.

Puta que pariu.

Há quanto tempo esse maluco fazia parte do grupo de Robles e ele sequer notou?

- Por isso Park está aqui... O FBI finalmente quer pegar Robles.

O outro sorriu, mas não era uma reação simpática; era apenas a constatação de que eu havia sacado quem ele era.

- E você, definitivamente, não é cidadão de Lorena... Sabe quem somos, quem é Park... – ele riu, adivinhando na hora minha verdadeira identidade por trás da máscara. – Não acredito que estou frente a frente com Rico Montero.

- Não pretendo tirar a máscara, mas você está certo. Podemos dizer que, neste momento, excepcionalmente, estamos do mesmo lado.

- O que você quer com Robles? Ele te pediu um serviço e não pagou.

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