Casa

810 68 2
                                    

Antes de tudo, percebi que alguns de vocês estão tendo dúvidas em alguns pontos, e meu wattpad é bugado, não consigo ver onde, então se quiserem podem me enviar uma mensagem perguntando sobre, ok? Boa leitura!

------------------------------------------------------------




A guerra dentro de mim era, um ataque furioso de tesão contra o medo, a memória e o pesadelo.

Sana estava nua na minha frente, pele alva perfeita, curvas exuberantes, cabelo castanho médio, de quem acabou de acordar e despenteado pelo vento, olhos avermelhados e molhados de lágrimas.

Estava tentando esconder suas emoções, tentando ser forte, mas eu podia lê-la como um livro. Sana não podia se esconder e eu odiava que ela sentisse que era necessário.

Ela precisava de mim. Me queria. O que tinha acontecido entre nós no barco... tinha a fodido, não me importava o que me dizia.

Só estava suportando. Me perdoando. Mas ela ainda... duvidava. Eu sentia e via isso. Não estava certo.

Sana sabia que eu não estava lúcida e não tinha sido nós. Ainda era algo que eu não podia entender, não conseguia definir adequadamente ou explicar a mim mesma.

E agora aqui, nua e disposta, dizendo que me amava. Implorando-me para tocá-la. Para amá-la. E nossa! Como eu queria. Precisava dela.

Tenho que lembrar a nós duas quem eu era e saber que Joohyun não havia, de alguma forma, me privado da minha capacidade de amar, de ser gentil e apaixonada... isso era tão importante quanto, saber que se ela não me roubou minha força e virilidade.

Mas eu sentia medo. Profundamente enraizado, poderoso, agarrado, paralisante. E o medo não é viril.

Na primeira vez quando fugi de Joohyun e seu pai, eu tinha algum dinheiro e meu nome. Nunca usei um falso. Nunca fingi ser outra pessoa que não fosse eu mesma.

No entanto, quando corri do clã Baes, eu não estava fugindo só do espectro de morte, que Dongyul e Joohyun queriam me envolver, mas sim da minha própria falta de controle com Joohyun.

Eu concordei com ela de muitas maneiras. Tinha cedido uma e outra vez. Fiz coisas, deixei-a fazer coisas que não queria.

Tudo porque eu tinha medo. Mais do que jamais revelaria a Sana, ou mesmo admitiria para mim mesma.

Enterrei aquilo tudo tão profundamente quanto podia. Uma vez que fiquei livre de Joohyun, deixei esquecido e em negação, por quase uma década.

E agora tudo ressurgiu. Cenas do passado retornaram, piscando diante dos meus olhos. Eu fiquei paralisada.

Não apenas pelo que Joohyun tinha feito comigo, enquanto estava algemada naquela cama. Poderia superar. Eu resisti. Ela não tinha me quebrado. Aguentei e lutei.

Os pesadelos reais vieram das lembranças de noites dos anos passados, as que passei me perguntando o que Joohyun me obrigaria a fazer depois. Eu era apenas uma criança.

Uma virgem quando nos conhecemos, não nesse sentido. Não era inocente, mas de forma alguma preparada para a loucura e crueldade insaciável de uma mulher como Joohyun.

Com certeza tive medo dela. Ainda tenho. Não temo a maldade. Nem a morte. Violência, sangue e tortura, não temo isso.

O desejo imprevisível de sangue, a crueldade por causa do sadismo e o jeito que ela saboreava o medo, prazer em agonia, manipulação e a loucura... isso eu temia.

Taken- Satzu versionOnde histórias criam vida. Descubra agora