Ataque da víbora

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Saí do chuveiro, me sequei e envolvi a toalha em volta do meu peito. Zhou não estava no quarto, então assumi que estivesse em seu escritório.

Vesti uma calça jeans e uma camisa, escovei o cabelo e o prendi em um rabo de cavalo, sem me preocupar com maquiagem.

Ainda nada de Zhou. Senti o fundo do meu estômago revirar, algo estava errado. Ela já deveria estar aqui.

Percorri o corredor com os meus pés descalços para o seu escritório, o encontrando vazio. Nada na academia.

— Zhou? - Chamei. — Onde você está? - Nenhuma resposta.

Chequei a cozinha, sala de jantar, a cozinha industrial maior, o hall de entrada e sala de estar e finalmente, fui para a biblioteca.

A biblioteca que era uma enorme catedral de espaço, prateleiras que revestiam as paredes do chão ao teto.

Havia dois andares de prateleiras, recantos com poltronas, lâmpadas de leitura e pequenas mesas.

Me movi por ela verificando cada recanto de leitura, fui para o andar superior. Minha pele formigava, meu estômago pesado como chumbo, sangue correndo gelado em minhas veias.

Alguma coisa estava errada, muito errada. Eu deveria voltar para os aposentos privados, permanecer atrás da fechadura biométrica que separa o resto da casa do quarto de Tzuyu.

Espere por Zhou, o pensamento martelou para mim mais de uma vez.

Mas eu não dei ouvidos. Caminhei estante por estante, mãos trêmulas, mal ousando respirar.

O último recanto que verifiquei, ficava no canto mais distante do piso superior, era um com uma enorme cadeira de couro preto e um divã correspondente.

Normalmente, a cadeira ficava de frente para a biblioteca, mas quando me aproximei, vi que havia sido virada para enfrentar a parede.

Uma mão era visível, apoiada no braço da cadeira. A mão era magra e feminina, as unhas compridas e pintadas de vermelho cereja.

— Sana. - A voz era baixa, suave e sensual, levemente acentuada. — Junte-se a mim.

Recuei, dois, três passos. Mas depois parei, congelada, quando a mão visível desapareceu e reapareceu, desta vez segurando uma pistola compacta.

— Não me faça terminar isto rápido demais, minha querida. - O cano da pistola apontada para a outra cadeira, que havia sido arrastada de outro recanto. — Agora, Sana.

Com as pernas trêmulas, sabendo que eu tinha cometido um erro, circulei em volta e me sentei na cadeira que ela tinha indicado. Diante de mim estava Bae Joohyun.

Eu não precisava de uma introdução para conhecê-la. Ela era alta, graciosa e bonita.

Longo cabelo preto puxado em uma trança sobre um ombro, pele naturalmente bronzeada e artificialmente livre de rugas, olhos escuros como as sombras e mais frios do que o gelo, brilhando para mim em divertimento. 

Ela usava um vestido verde, caro, feito para se apegar às suas curvas, o decote cavado profundo, um colar de pérolas negras gordas cobrindo o seu pescoço e aninhado em seu decote falsamente enorme.

Uma bolsa Chanel em seu colo. Engoli o meu medo e tentei afastar o tremor da minha voz.

— Joohyun. O que você quer? - Ela sorriu, uma curva predatória dos lábios artificialmente rechonchudos.

Taken- Satzu versionOnde histórias criam vida. Descubra agora