Pov. Tzuyu
Cortinas de distorção varriam meu cérebro, o teto e o piso chegaram a vacilar embaixo de mim. O calor me ondulava. Eu estava em chamas.
Queimando viva, minha pele parecia um torresmo. Me sentia tão quente que pensei que tinha bolhas pelo meu corpo, mas não ousei olhar.
Náuseas dispararam no meu estômago em uma explosão repentina. Senti o vômito na minha garganta, na parte de trás dos meus dentes.
Segurei meu pescoço e esperei que não engasgasse com o meu próprio vômito enquanto despejava tudo sobre a cama, no chão e em mim.
Uma vez que meu estômago esvaziou, senti um suor brotar na minha pele, me gelando e me dando arrepios. Meu pênis doía de tão duro. Eu estava com frio.
Mesmo não sendo a realidade, com os olhos fechados, ou abertos só tinha a visão repulsiva de Joohyun se contorcendo em cima de mim, me arranhando, deixando talhos sangrentos pelo meu peito.
Ouvi a voz dela. E a vontade de vomitar voltou. A porta se abriu silenciosamente, lá estava sua silhueta triplicada.
Usava uma minissaia verde, apertada como uma segunda pele, moldada em suas coxas e bunda, apenas o suficiente para cobrir o fundo das suas nádegas.
Longas pernas bronzeadas, saltos de marfim de dez centímetros, blusa sem mangas marfim, decotada entre os seios.
Eu apertei os olhos, abri, e vi uma única imagem turva, que se multiplicava.
— Tzu. Minha, só minha. Que bagunça. A medicação tem efeitos colaterais, ao que parece. - Chegou ao pé da cama e sentou-se ao meu lado, o que eu não tinha vomitado. A parte de trás da sua mão tocou a minha testa. — Você está queimando. - Me afastei do seu toque e seus olhos se estreitaram.
— Fique longe de mim.
— Eu pensei que nós tínhamos superado isso, Tzuyu. - Não me incomodei em responder, ela estalou os dedos. Os mesmos dois bandidos de antes apareceram na porta. — Ela precisa ser limpa. - Torceu o nariz e apontou para mim.
Esta era a minha chance. Eu sabia e sentia isso. Um dos homens tirou uma chave do bolso da calça e abriu as algemas no fim da minha mão direita.
Meu pulso ainda estava algemado, mas agora livre da cama. Então ele libertou o pé do mesmo lado.
O homem passou a chave para o seu irmão, que destrancou a minha mão esquerda e o pé também.
Um dos bandidos recuou e tirou uma enorme pistola prata de um coldre no ombro.
— Para cima. Levante-se. - Rosnou. — Sem gracinhas.
Lentamente deslizei as pernas para um lado da cama e tentei me sentar. Meu corpo inteiro protestou, tonturas me atingiram quando me impulsionei para sentar.
Meu estômago se agitou, revirou, mas eu empurrei a vontade, rangendo os dentes e forçando-me a ficar de pé.
Tive que me apoiar com uma mão na cabeceira da cama enquanto o mundo girava e caía aos meus pés.
Essa droga me destruiu. Joohyun estava assistindo ao lado da porta, com uma bolsa no ombro. Ela vasculhado lá dentro, para Deus sabe o quê.
Uma mão suada bateu em torno de meu braço, me empurrando para frente, fiquei sem equilíbrio. Tropecei, cambaleei, tontura e náuseas rolavam desenfreadas.
Eu via tudo quadruplicado, em seguida triplicado, duplicado, e finalmente apenas um, e depois era tudo uma miríade de formas, cores, corpos, céu azul, água azul, telhados e paredes brancas, portas azuis e um bandido vestido de preto na minha frente, me agarrando, algo frio e prata entre nós.
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Taken- Satzu version
AcciónEu era a única fonte de renda da minha família, tinha acabado de perder meu emprego. As contas estavam acumuladas e minha esperança perdida. Até que, na minha caixa de correio encontrei um cheque de dez mil dólares destinados a mim. Se você recebess...