Em qualquer lugar

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Minhas mãos tremiam, vibrando a carta como uma folha ao vento. Diretamente na minha frente estava a porta de entrada. Verde desbotada, metal golpeado.

Em ambos os lados da porta havia uma estreita janela de vidro reforçado, de segurança. Tão suja a ponto de ser quase opaca.

Mal podia ver através dela e não tinha certeza se era capaz de acreditar no que eu via do outro lado. Uma longa e baixa forma.

Um carro. Eu estava lenta, a carta vibrou e caiu no tapete puído da escada. Um passo para baixo, um segundo, um terceiro e um quarto.

O botão de torção de metal frio em meu punho. Hesitação, uma profusão de emoções conflitantes, me dando uma pausa. Atrás de mim, uma porta se abriu.

— Shiba? Você se perdeu aqui fora? Eu vi o seu carro parar, mas você nunca entrou. - A voz de NaYeon não poderia romper meu transe, mas a ouvi.

Assim como seus passos na escada, ouvi o farfalhar de papel indicando que ela pegou a carta. Momentos se passaram, tempo suficiente para ela lê-la.

— Santa merda. "Envolvida na beleza de sua alma. " Quem diz uma coisa dessas?

Ela desceu as escadas e senti sua presença ao meu lado. Minha mão tremia quando agarrei a maçaneta, mas eu não conseguia abrir a porta.

— Zhou. - Sussurrei. — Esse é o tipo de coisa que Tzuyu me diz.

— Porra. Isso é a coisa mais romântica que eu já ouvi. - Ela olhou pela janela. — É isso? É! Aquela mina! Jiyoon! Ela está lá fora. - NaYeon me fitou com horror. — Menina, eu lhe amo. Você é minha irmã, a única família que dou à mínima. Mas se não passar a sua bunda branca e fina por aquela porta, eu juro por Jesus, Maria e todos os santos que nunca vou lhe perdoar.

— Você acha que eu deveria ir com ela? - NaYeon colocou a mão na minha testa como se para verificar se eu estava com febre.

— Sana. Baby. Ela está envolvida na beleza da sua alma. Claro que você deve ir com ela. Você seria uma tola se não fizesse isso.

NaYeon abriu a porta e me empurrou através dela. Eu estava sendo conduzida a força pela minha melhor amiga para a longa e branca limusine Bentley. Ela acenou para JeongYeon

— Ei, aqui, Jiyoon. Ela está apenas nervosa. - JeongYeon fez uma careta.

— Senhorita Minatozaki. Senhorita Im.

NaYeon me manteve marchando diretamente para a porta do passageiro. JeongYeon mal chegou lá a tempo de abri-la para nós.

— Senhorita Im, eu não acho que você deveria...

— Está tudo bem, Jiyoon. Eu só quero ver a minha menina fora.

— Meu nome é JeongYeon. - NaYeon a fitou de cima a baixo.

— Claro que é. - Ela pegou meu rosto entre as mãos, esmagando minhas bochechas. — Isto é o que você quer. Se dê permissão para tê-la. - Olhei nos olhos de NaYeon por um longo tempo, então, disparando, a puxei para um abraço.

— O que eu faria sem você, Nay?

— Eu realmente não sei, mas é uma coisa boa que você não tem que descobrir, não é? - NaYeon me apertou mais uma vez, em seguida me empurrou. — Agora vai. Antes que bata na sua cabeça e tome o seu lugar, sua puta de sorte.

Lambi meus lábios, ainda hesitando, sabendo que se eu entrasse no carro, tudo iria mudar novamente. Ainda assim... tinha acabado de levar muito tempo para me recuperar. Mas, realmente, não havia outra escolha. Agarrei a mão de NaYeon.

Taken- Satzu versionOnde histórias criam vida. Descubra agora