Capítulo*1*

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Any

Apanho o saco de dinheiro do senhor a minha frente e o mesmo nem parece perceber...(Apresso meus passos e posso ouvir seus gritos ao longe)Ouço vários sons de trotes e soldados curiosos,bando de imprestáveis esses homens.

Entro em um pequeno beco e arranco todo esse vestido e espartilho,até que enfim pude me libertar desses trapos pesados e quentes por algo mais leve e menos chamativo,(Ja que todos querem a minha cabeça em uma bandeja de prata)jogo meus pertences dentro de minha bolsa de couro.

Eu nem sempre fui assim(Suspiro pesado)ja tive um lar e uma família,mais todos se foram me deixando abarrotada de despesas e solitária.E não há emprego para alguém como eu...(Nem os bordéis me quiserem alegando que eu era jovem demais,nunca aceitaria algo como isso se não tivesse nessa situação).

Ando rapidamente ignorando o mundo em minha volta,mulheres de vestidos chamativos e ousados circulavam ao lado de vários homens  cortejando as mesmas,bando de abutres atrás de dinheiro e diversão que essas pobres mulheres dão de graça,o que elas não fazem por promessas falsas e um pingo de afeto.

Agarro a cela do meu corcel e em pouco esforço ja me vejo em cima dele, Brutus,meu fiel escudeiro,sua crina pampa balança ao soprar da leve brisa..

Soldados por todas as partes parecem vasculhar o local a comando daquele velho barrigudo,suspiro e vejo um deles vir na minha direção, era mais baixo que eu e seu uniforme ficava extremamente apertado mostrando sua barriga redonda,um sorriso falso estampa meu rosto ja cansado de tanta emoção.

-Olá minha senhora..(Seguro a vontade de revirar os olhos quando ele vomita a palavra minha)Bela tarde não?(Aceno em um sinal positivo)

-É a tarde estás mesmo bela(Sorrio inocente e ele cai como um burro apaixonado)o que estás haver??(Graças a meu pai sei fingir tão bem para enganar esses homens).

-Ouve um roubo e meu comandante disse que ninguém entra ou sai até que o ladrão seja pego.(Ele olha incessantemente para o pequeno decote do meu vestido)Mais eu imagino que uma mulher feito a senhorita não seria capaz disso..(Toco a arma em meu vestido,seguro a vontade de estourar os miolos deste homem).

-Eu estava apenas dando uma pequena volta..(Sorrio e aliso a crina do Brutus,ele esconde o rosto que estava repleto de vergonha)..

-Mais acho que não faria mal se a senhorita passasse..(Ele coça a nuca)poderia saber o nome dessa flor ainda em botão??(Meu estômago chega a embrulhar com a voz aguda deste homem).

-Me chame de Any!(Sorrio e aperto as rédeas e ele intende a ordem e nos tira para o mais longe dali).

Seus galopes se tornam cada vez mais rápido e o vento balança meus enormes cabelos castanhos,cada passo era como um sentimento de liberdade conquistada.

O sol está forte e posso jurar ser umas uma da tarde,avisto de longe uma pequena casinha quase em ruínas ...Lar doce lar...

Retiro minha cela deixando o mesmo livre pra pastar e beber água,abro a porta que solta um enorme rangido, as janelas deixam o sol quente entrar na casa escura.

Minha casa és bem pequena,um quarto,cozinha e uma sala vazia...(Procuro algo para comer e encontro um pão velho,melhor que nada)...

Mordo ele com força e pego o pequeno saco na minha bolsa,não são muitas moedas mais ja é um pouco,quardo o mesmo no pequeno armário em baixo de um vaso.

Morar no meio do nada é a melhor forma de me proteger daqueles abutres,é bem afastado e não tem quase nenhuma vegetação,posso ver o inimigo vir de longe e até mesmo ouvir se forem como aqueles quardas barulhentos.

-Índia Branca-Onde histórias criam vida. Descubra agora