Stupid Love - Shivley/Maliwal

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Pov's Bailey:

Eu quase me perdi.
Quase perdi o sentido e quase a beijei!

Por azar ou sorte o tal Rick entrou no quarto bem na hora. Eu já estava prestes a abandonar o lema de que a deixaria ir e não insitiria em nada. Ela parecia tão certa de que queria tanto quanto eu aquele beijo... Mas não sei, se realmente rolasse ela me diria que estava tudo bem ou acertaria outro tapa em meu rosto?

Shivani e seu dom de me deixar na dúvida de qualquer coisa que tenha relação com ela.

Meu Deus, foi por tão pouco...

- Bailey? - ouço a voz de meu pai ao me encontrar na cozinha. - Dê as boas vindas para o mais novo governador.

Ergueu os braços intensificando sua Vitória. Não pude evitar rir. Estava orgulhoso dele, ele merece tanto.

- Parabéns senhor governador. -ironizei arrancando também uma risada dele - Devia tá muito ansioso no momento que descobriu, nem sentiu minha falta na comemoração.

- Eu nunca me esqueceria de você filho, relaxa. - bateu em meus ombros - Só queria que se resolvesse com a menina Shiv.

Tudo bem, não acredito que Sabina envolveu até o meu pai nessa história do quarto. Seria engraçado se não fosse trágico.

- Como que... você sabe? - Questionei duvidoso. Mesmo já sabendo a resposta.

- Sua irmã é um ótimo cupido, Bailey. Mas eai? Deu certo?

Sabendo que não tinha o por quê esconder algo do meu pai acabei lhe contando detalhe por detalhe. O mesmo ficou em tão esperançoso ao saber que quase tínhamos nos beijado que parecia que ele quem estava vivendo essa bagunça.

- Então o filho dos Holdings atrapalhou vocês bem na hora? - Eu não fazia ideia de quem era holdings, mas acredito que seja a linhagem da família do amigo de Shivani, o tal Rick.

- É foi ele mesmo. - respondi, já havia mencionado isso pra ele.

- Bom, espero que tudo isso se resolva. Torço por vocês! - Exclamou mais uma vez - Preciso voltar a atenção para os convidados... Ah e quase me esqueci. - pareceu lembrar de algo- Sua mãe quer falar com você ainda hoje. Então não vai embora até ter essa conversa.

Assenti em concordância e voltei a fazer o que eu fazia antes. Comer! Não vou negar que estava um tanto quanto preocupado com essa conversa com a minha mãe. Ela mal fala comigo e quando fala e só pra soltar bombas e bombas sobre mim.

Quando terminei de comer fui onde estaria alguns de meus primos. Eu nem gosto deles, mas tendo em vista que eu não tinha muito opção de companhia fui até eles.

Eu estava até intrertido no papo de jogos de tênis, carros do anos e futuro promissor. Eles eram gente boa só não tem o senso de realidade, ainda.
No meio de uma dessas conversas avistei Sabina de longe com o seu ainda namorado, o pepe. Ela me lançou um olhar curioso e nas escondidas eu lhe xinguei por leitura labial. Como imaginei, ela nem ligou apenas deu um sorriso sacana e se afastou.

Fiquei ali por mais alguns minutos até meus pais me chamarem e então nós fomos para a sala afim de ter essa conversa misteriosa.

- Bom, filho. Antes de tudo saiba que você só vai se quiser. - meu pai inicia a conversa me deixando confuso.

- Eu vou pra onde? - Questionei com um ar irônico.

- Eu consegui um programa de seis meses pra você, em Londres - minha mãe iniciou - pra você aprimorar seu curso de administração...

- Eu não vou. - A cortei.

Eu realmente não iria, não quero voltar pra Londres. Não quero deixar minha boate, nem meus amigos. Meu lugar é na california!

- É uma boa opção pra você Bailey. - continuou - São só seis meses, vai passar rápido. Você sabe que temos um futuro e quando seu pai ficar velho, você deveria ser o filho que assumirá as coisas.

- Não vou mãe. Já disse! - Exclamei - Eu tô bem aqui e o meu querido curso de administração já basta pra isso.

Ela revirou os olhos procurando mais coisas para me manipular. Já meu pai não se metia, ele sabe bem que isso não é nem de longe o que eu quero pra mim.

- Lá tem mil mulheres interessantes! Aliás tem a filha de uma amiga que é incrível. Você vai gostar, Bay...

- Nenhuma garota vem a minha mente agora. E você como mãe deveria saber disso. - respondi em um tom rude.

- É aquela menina não é? A amiga de Sabina? Esse é o motivo pra você não ir.

Qual a parte do "Eu não vou" que minha mãe não entendeu? Que mulher insistente, meu Deus!

- Olha lá. - apontou para a janela de vidro -  Ela não tá nem aí pra você! Olha o jeito que ela conversa com o filho dos holdings, animada! - Virei-me e os olhei pela janela de vidro que dava a visão para o jardim - E você tá aqui querendo desisti de coisas por conta dela.

Me aproximei um pouco do vidro afim de observar melhor. Ela estava tão entretida conversando com ele. Nada de medo ou feições tristes.... Apenas a Shivani que já foi minha alguma dia.
Mesmo à querendo como eu quero. Mesmo esperando o que eu espero
eu preciso mesmo embora, eu vou te deixar, Shiv. Como prometi!

Mesmo que eu jamais encontre alguém assim como você. Mesmo que eu queira você pra mim eu preciso ir embora, eu vou te deixar.

- Eu... tudo bem, eu vou. - com a voz falha confirmei.

- Bailey, tem certeza? - meu pai aproximou de mim novamente- Você sabe que terá que ficar longe do seu negócio, do seus amigos, de nós e... de Shivani.

- São só seis meses não é? Passa rápido. - virei-me de volta pra eles- Eu preciso desse tempo.

- Claro meu filho, apenas isso! - pude notar o sorriso aberto de minha mãe.

- E quando eu vou? - Questionei tentando soar feliz.

- Segunda-feira. Vou organizar tudo, filho! Não se preocupa com nada! - saiu dali saltitante.

Certo. Hoje é sábado! Amanhã passo o dia organizando as coisas pra deixar com lamar e Josh e arrumando as malas, na segunda eu irei.
Ah meu Deus, eu aceitei! O grande arrependimento começou a bater em mim.

- Se quiser desistir a qualquer minuto me avisa. - meu pai sabia que eu não queria - Eu vou entender e fazer com que sua mãe entenda. Tá bem? - Assenti - Pensa bem!

Me deixou um abraço antes de voltar para onde estava.

Ainda atordoado com a ideia de que eu iria voltar pelos próximos seis meses para Londres. Tomei uma água e me despedi de algumas pessoas conhecidas  indo de encontro a minha moto.
Eu só queria ir pra casa e engolir umas boas doses de tequila ficando bêbado e só acordando amanhã com a cabeça fria e o coração fechado.

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Fins e afins!