- Arthur tem que ficar bom logo pra vim aqui - digo enquanto eu e Lorenzo jogávamos totó.
- Nem precisa pedir para o dono - Enzo diz soltando uma risada e revirando os olhos.
- Ele é legal. Tenho certeza que vai deixar - também digo sorrindo, mas sem tirar a minha atenção do jogo - GOL! - grito animada por fazer mais um ponto - 15 à 9 - digo com um sorriso vitorioso.
- Eu deixei você ganhar - ele cruza os braços.
- Não precisa dar desculpas, meu amor - dou a volta no jogo, rodo meu braço nos ombros de Enzo e deito minha cabeça na curva de seu pescoço.
- Aiai... - ele suspira forçado e sorri no final.
- Bom. O papo está muito bom e já ganhei de você na maioria desses jogos. Agora, infelizmente, preciso voltar pra casa, dormir e poder encontrar Arthur amanhã.
- E que tal você dormir aqui e amanhã cedo nos encontramos com ele. Afinal, ele receberá alta amanhã, certo?
- Certo.
- Então? - Penso por um estante. É mil vezes melhor do que voltar pra casa.
- Ok... - Enzo abre o sorriso - Mas - levanto meu dedo indicador - Não será no seu quarto - dito isso, ele cai na gargalhada.
- Quarto é o que não falta aqui, meu amor.
- Mas preciso ligar para a minha tia primeiro - estendo a minha mão e ele me passa seu iphone - Obrigada - digito o número - Tia. Vou dormir na casa de um amigo. Ok? - digo de uma vez.
- Ok meu amor.
- E eu não estou nem aí... "Meu amor"? - começo já com o meu discurso de menina rebelde, porém, reparo melhor em sua fala e repito com uma careta, para ver se eu escutei corretamente.
- O quê? Não gosta? - ela estava com uma voz doce até demais.
- Você nunca me chamou assim.
- Não posso mudar? - eu ia responder, entretanto, ela foi mais rápida - Preciso ir. Divirta-se.
- Mas...
- Tchau - ela desliga.
- Então? - Enzo diz com uma cara esperançosa.
- Vou ficar - eu ainda estava absorvendo o que foi dito na conversa.
- Perfeito! - ele sorri - Minha mãe vai chegar daqui a pouco. Está com fome?
- Para falar a verdade, sim - saio do meu estado catatônico.
- Então vem. Vou aproveitar para te mostrar as minhas artes culinárias.
- Quero só ver, ou melhor, experimentar - descemos para a sua cozinha e o vejo pegar e lavar os ingredientes - Você tem quantas cozinhas? - pergunto encabulada, por essa não ser a mesma que fui antes.
- Eu prefiro essa pra cozinhar - ele diz como se não fosse nada demais.
- Só falta você me dizer que tem uma sauna aqui - ele me lança um sorriso - Você tem!?
- Minha mãe gosta - ele fica de costas pra mim.
- Não me espanto mais com nada em relação a você - rio - Então? O que vai fazer? - me apoio com as mãos cruzadas na bancada de granito e fico na ponta dos pés, tentando saber o que ele está fazendo.
- Macarronada vegetariana - faço careta.
- Tem que ser vegetariana...? - inclino um pouco a minha cabeça.
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Além Dos Limites De Sua Dimensão
FantasyJá perdeu algum ente querido? Ou já quis muito voltar no tempo? Amora Lima é uma garota do 1° do Ensino Médio que perdeu a mãe com apenas 6 anos de idade. E, por causa disso, foi morar com a tia, Cláudia Lima. A garota é bem rebelde, ama uma boa tra...