- Nossa... - abro meus olhos e fico de boca aberta - Caramba! - passo meu olhar por todo o local, desejando que essa vista fosse real.
Me deparo com o paraíso.
Eu estava em um lugar aberto, com o sol renovador, a brisa refrescante e o aroma doce.
Eu conseguia ouvir o canto dos pássaros, embora eu não os enxergasse.
A grama debaixo de meus calçados eram de um verde claro e algumas partes brancas, porém, eu sabia que isso, de alguma forma, era natural, é sinal de saúde.
Até fiquei com vontade de tirar o meu tênis para poder sentir a grama entre os meus dedos dos pés.
Dito e feito, caí na gargalhada ao sentir cócegas com a terra molhada em meus pés. E, como uma criança pequena, abri o meu maior sorriso e comecei a correr, ver até onde eu podia ir, a quão rápida eu podia ir.
E, durante minha corrida, pude apreciar a mais bela paisagem.
Entrei na floresta e foi como se ela se abrisse para mim, como se fizesse uma trilha para eu seguir. As árvores frondosas me guiavam e me protegia dos raios do sol.
Havia frutos que eu nem imaginava que existia. Pareciam tão suculentas, que não contive a minha vontade de pegar uma e comer.
Escalei uma árvore com os galhos que mais pareciam formar uma escada, estiquei o meu braço e peguei uma fruta azul, porém, no formato de uma maçã. Mordi e logo fui preenchida por explosões de sabor, primeiro o amargo, depois o azedo e, por fim, o doce. Foi onde percebi que essas frutas não existiam no meu mundo.
Terminei de degustar e voltei a correr. Até chegar a um riacho.
Eu estava com muita cede, quando vi um animal bebendo da água. De primeira vista, pensei ser um cavalo. No entanto, seu olhar cruzou com o meu e eu pude ver melhor. Suas patas eram de um verde claro com listras amarronzadas, seu corpo com um tom de verde musgo e os olhos azuis cristalinos.
- Olá - digo meio receosa, mas me aproximando com as mãos levantadas para mostrar que eu não ia fazer nada de mal com ele. E, foi como se ele assentisse, "autorizando" eu me aproximar - Qual o seu nome? - abro o meu sorriso e me aproximo mais.
- Escon - ouço uma voz em minha cabeça.
- Ahhh! - grito e me afasto - V-você, v-você falou!? - arregalo os meus olhos em espanto.
- Você me perguntou - novamente a voz em minha cabeça.
- Eu posso te entender!?
- Eu não sou um animal de terceira categoria! - seu tom soou ofendido.
- Desculpa, desculpa - achei melhor dizer - É que eu sou nova por aqui... sabe?
- Se você não tivesse falado, eu nem teria notado - Escon diz com tom de deboche e volta a beber da água do riacho.
- Como estamos conversando? - pergunto cautelosa.
- Eu sou um animal de primeira categoria, ou seja, posso te transmitir ondas cerebrais para você me entender.
- Entendi... - também bebo da água do riacho - E os outros?
- Os de segunda categoria são animais que podem entender, mas não podem comunicar. Os de terceira, nem entender conseguem. E te aconselho a nem chegar perto dos de quarta. Eles podem ser bem agressivos.
- Recado recebido. Então, que lugar é esse? Onde estou? - me lembro da situação em que me encontro e começo a procurar por respostas.
- Onde você acha? - Escon ri com deboche.
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Além Dos Limites De Sua Dimensão
FantasíaJá perdeu algum ente querido? Ou já quis muito voltar no tempo? Amora Lima é uma garota do 1° do Ensino Médio que perdeu a mãe com apenas 6 anos de idade. E, por causa disso, foi morar com a tia, Cláudia Lima. A garota é bem rebelde, ama uma boa tra...