Epílogo

2 1 0
                                    

- Amora! - acordo com o chamado de minha mãe - Você precisa se levantar agora, se quiser chegar ao colégio a tempo. Primeiro dia de aula. Não está animada!? - minha mãe entra no meu campo de visão com o maior sorriso em seu rosto.

- Bom dia, mãe - me espreguiço.

- Bom dia, meu amor - ela me abraça.

- Vou só molhar o corpo e desço.

- Tudo bem. Eu te espero - ela se vira para sair de meu quarto.

- Mãe! - A chamo e ela retorna - Eu te amo - sorrio.

- Também te amo - ela sorri, beija a minha testa e vai embora.

Me apresso em me arrumar, pois combinei com os meus amigos de nos encontrarmos em uma lanchonete para irmos ao colégio todos nós juntos.

Tomo um delicioso banho e visto uma blusa estampada com borboletas azuis, um short jeans e uma sandália de salto baixo prateado. Como acessórios, decido por um cintinho marrom, não que fosse necessário, mas dava um estilo, e ponho a parte da frente da blusa dentro do short. Ponho um brinco de borboleta para combinar com a minha roupa. Passo um brilho e faço um meio rabo de cavalo.

- Que gata! - minha mãe me olha de cima a baixo.

- Obrigada - dou uma viradinha.

- Então, vai se encontrar com os meninos? - minha mãe me pergunta e dá um gole em seu café.

- Sim. Vamos nos ver na ArteLanche - paro ao lado dela - Então, não vou comer muito, tudo bem?

- Só não saia em jejum - ela me joga uma maçã.

- Claro - lhe dou um beijo na bochecha e saio.

Desde pequena, sou muito agarrada à minha mãe. Ela é tudo pra mim. Às vezes, bem de vez em quando, sinto que falta algo em minha vida, mas não faço ideia do que pode ser. Tenho uma mãe maravilhosa e amigos incríveis.

Tem o Arthur, um garoto que eu sou apaixonada desde que o vi pela primeira vez, mesmo tendo apenas 9 anos, eu já sentia algo especial por ele, e isso, só foi crescendo com o tempo.

Nosso grupo é formado por mim, a amiga com quem todos sempre podem contar; Mariana, uma garota de estilo gótico, mas que ama música clássica; Gabriel, o esportista do grupo; Gabrielle, a escritora; e o Arthur, o nerd.

Eu sou uma pessoa que se preocupa bastante com o futuro. Tenho medo de fazer algo de errado e ser castigada depois. Quero um currículo perfeito para me ajudar na faculdade. Meu sonho é ser inventora.

Porém, de vez em quando, me dá uma louca vontade de aprontar. Pichar algum muro, pegar algum bicho e levar para a escola, andar de skate nos corredores do colégio... E, uma vez, me deu vontade, de passar mel nas ventilações do colégio, só para atrair as abelhas.

Isso é loucura!!!

Além disso, tem os desenhos. Não é que eu não saiba desenhar, mas não sou de fazer no estilo gótico. No entanto, tem vezes, que fecho os olhos, deixo minha mão ser guiada e quando vejo, tem um desenho como de um profissional. E são sempre no mesmo estilo. Sombrios e sempre com uma garota muito parecida comigo.

- Amora! - sou recebida por um abraço que, só pelo cheiro de lavanda, sei que é Arthur.

- Olá Art - sorrio para ele - Olá pessoal! - abraço um por um ao chegar na mesma que eles haviam escolhido para a gente.

- Olá. Amora. Preciso de um conselho - Gabi diz desesperada.

- O que foi? - me sento depressa entre Arthur e Mariana no círculo.

- Não sei qual título colocar no meu último livro - ela esconde o rosto nas mãos.

- Gabi, por favor! - todos nós dissemos em uníssono.

- O quê, gente!? Eu preciso de um título - acabo rindo.

- Fala sobre o que?

- É o que eu me inspirei no seu desenho. Aquele que a garota estava presa em uma árvore e parecia que algo saia de dentro dela - me arrepio ao me lembrar dessa obra. Foi a que mais mexeu comigo. Me senti parte daquilo.

- Que tal... - prefiro esquecer a sensação e penso em um nome, pois Gabi fez eu ler cada palavra dessa história, já que o desenho era meu - Ultrapassando Os Limites De Uma Vida?

- Perfeito! - seus olhos brilham e ela começa a digitar em seu bebê. Ela não sai de casa sem o seu tablet, diz que inspiração está por todo lugar.

- Bom. Eu estou com fome - roubo uma mordida do sanduiche que Arthur estava comendo distraído.

- Ei!? Você sabia que tem dono?

- Você estava tão desligado, que pensei que você não ia nem perceber - tampo a minha boca com a mão para falar.

- E você não sabe que é falta de educação falar de boca cheia? - ele rebate.

Depois dessa, fiz o meu pedido e começamos a conversar. Ficamos uns 30 minutos conversando e rindo das palhaçadas de Biel, nos encantando com a melodia que Mari nos mostrou em seu violino, que também leva para onde vai, e protestando sobre a aula de história de Art.

Depois fomos direto para o colégio. Primeiro teve uma palestra da diretora Carmen, dizendo o quão éramos bem vindos. Em seguida, cada um de nós fomos para as nossas respectivas salas, eu fui para a minha de matemática.

Como só faltava 20 minutos da aula, a professora Adriana deixou livre.

Eu me considero uma pessoa extrovertida. Sou bem comunicativa e gosto de sempre estar rodeada por gente. Então, me apressei em puxar assunto com os outros alunos, porém, sou interrompida por alguém.

- Olá, posso me sentar aqui? - um garoto, acho que novato, aponta para a carteira ao meu lado.

- Claro! Fique à vontade. Qual o seu nome? - digo simpática. Mesmo não o conhecendo, ele me soava muito familiar, mas, preferi ignorar.

- Sou Lorenzo - o garoto à minha frente diz também simpático e levanta a mão em um cumprimento amigável.

- Prazer. Amora - abro o sorriso e aperto sua mão.

Ficamos conversando animados. O achei um garoto super agradável e interessante. E eu ainda combinei de apresentá-lo para os meus amigos.

O sinal toca, sinalizando a troca de professor.

- Foi muito bom te conhecer. Nos encontramos na cantina, no intervalo - sorrio e saio da sala de aula.

- Espera! - escuto Lorenzo - Amora?

- Oi? - me viro para ele.

- Sabe de quem seja? - ele me entrega um papelzinho.

- O que é isso? - enrugo a testa.

- Apareceu na minha mesa, do nada - ele faz sinal para eu ler, então, acabo vendo.

"Você me libertou. Prometo que vou te encontrar novamente e dizer pessoalmente"

- Não sei de quem possa ser. Talvez já tenha uma admiradora secreta? - brinco e ele ri meio sem graça.

- Quem sabe? - ele dá de ombros.

- Acho melhor você ir pra aula. Deve ser só uma brincadeirinha de alguém - digo ao ouvir o sinal, mostrando que a próxima aula ia começar dali 5 minutos.

- Pode ser... - Ele coça a nuca desconfortável.

- O que foi?

- Sei lá. Me deu uma sensação de... - ele pensa - Esquece. Obrigado - ele sai andando. Eu fico tentando entender o que acabou de acontecer, entretanto, prefiro esquecer e me concentrar na próxima aula.

❤️❤️❤️❤️❤️

E aí pessoal?
O que acharam?
Muitas perguntas? Teorias?
Querem uma continuação?
Votem e comentem o que acharam.
Obrigada por terem lido até o final e até uma próxima.

❤️❤️❤️❤️❤️ 

Além Dos Limites De Sua DimensãoOnde histórias criam vida. Descubra agora