capítulo 15 • hypnus

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Na mente de Andrômeda, a teoria de Edward sobre ela conseguir ser perfeitamente excepcional em qualquer coisa nunca se provou tão errada quanto no momento onde ela tentava desvendar o que fazer sobre sua última descoberta. Poucos dias antes, havia sido ela a desafiá-lo dizendo que descobriria seu "grande segredo", e no momento atual podia jurar que se arrependia de ter cumprindo a promessa, mesmo que tivesse sido involuntariamente.

Surpreendentemente, a garota agiu normalmente em todo momento que esteve perto de Ted nos dias seguintes — tão normal que chegava a assustar a si mesma — assim como suas amigas fingiam nunca tê-la contado aquilo, e elas eram boas nisso.

Por outro lado, a sonserina percebeu que o lufano agia normalmente com ela; não um normal "oi, eu gosto de você e estou sendo legal assim para ser notado", mas um normal normal. Não que Andrômeda tivesse um amontoado de experiências românticas para se basear, mas o que tinha a perder ao confiar mais uma vez em seus instintos?

Enquanto caminhava desacompanhada pelos corredores, logo depois do jantar, ansiando por chegar o mais rápido possível na sua cama quentinha, Andrômeda desacelerou o passo por poucos segundos ao escutar a voz do loiro conversando animadamente com seus amigos, as palavras "Baile do Yule" sendo mencionadas algumas vezes em meio ao assunto, o que a fez perceber que Ted não havia dito aquelas palavras perto dela sequer uma vez, muito provavelmente por saber que aquilo a recordaria do fato de que, na manhã seguinte ao baile, acontece a partida para o recesso de fim de ano, o que ela tanto temia.

Ocupar seus pensamentos com esse acontecimento por poucos segundos já causava calafrios em sua pele.

Antes que percebessem sua presença ali perto, a sonserina tratou de se esgueirar pelos corredores até sua Sala Comunal de forma que sua presença fosse a mais impossível de se notar, respirando aliviada ao conseguir chegar na sua cama sem se deparar com ninguém indesejável. O lado bom era que fazer a mesma coisa por anos a tornou um hábito que tinha certeza que era necessário para manter sua sanidade, então nunca se sentia farta de fazê-lo, nem em um momento.

Na verdade, uma vez ou outra a corrida até ali a ajudava a se sentir mais cansada; seu corpo, mais pesado, o que a permitia apenas fechar os olhos e dormir sem problemas — e sem a chance de se afogar em pensamentos que acabariam causando algum tipo de insônia e inquietação. A exaustão, no entanto, não a impediu de ter Edward Tonks em sua mente enquanto dormia.

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— Você não vai chamar ela pro baile? — Joseph perguntou, incrédulo, enquanto se recostava na parede do corredor do Salão Principal logo após o jantar.

— Não. — Edward negou com a cabeça, se tornando alvo de agora três olhares incrédulos.

— Achei que você era inteligente. — Clarence retrucou, provocante. Com um murmúrio, Joseph concordou com a declaração.

Já era óbvio para Ted que sua lógica para não se atrever chamar Andrômeda como seu par no Baile do Yule só fazia sentido em sua própria cabeça, que insistia que se abster do assunto era a melhor coisa a ser feita. Não podia arriscar ela ter as impressões erradas sobre ele, não podia arriscar arrastá-la para uma noite cheia de preocupação e ansiedade (caso aceitasse) pelo o que estaria prestes a acontecer na manhã seguinte. Não, nunca se perdoaria por fazer algo do tipo.

— E vocês convidaram quem, hein? — Tentou mudar de assunto, encarando seus amigos com desconfiança.

Sua surpresa, no entanto, foi quando Joseph e Clarence apontaram um para o outro ao mesmo tempo, e ele não conseguiu resistir a um sorriso espertalhão surgir em seus lábios.

— Garotas dão muito trabalho. — Joseph comentou, dando de ombros, enquanto Clarence assentiu em concordância.

— E garotos não dão? — Edward rebateu, implicante, e os garotos se entreolharam em silêncio. — Enfim. Amos, e você?

O moreno arregalou os olhos, e com a voz um tanto trêmula, respondeu:

— Thai Hampton.

— Aquela corvina que senta com você nas aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas? — Questionou, e os outros dois se viraram na direção de Amos com interesse explícito, enquanto ele assentiu.

Com um sorriso divertido no rosto, Clarence chamou a atenção dos amigos para a hora de voltarem às suas comunais e não foi capaz de evitar externalizar seu pensamento mais recorrente nos últimos segundos:

— Esse vai ser um baile e tanto.

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e como o capítulo 14 foi bem curtinho, que tal mais esse de bônus pra vocês? SIM VAMOS TER BAILE DO YULE OU EU NAO ME CHAMO VITORIA EDEN!!!! e o clarence e o joseph . serio nao aguento .

por mim eu postava tudo hoje mesmo, porém sou malvada *cara de malvada* e vou fazer voces esperarem ate o proximo capitulo . um beijo meus amores, e até logo!


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