Andrômeda e Edward tinham duas opções: aproveitar mais um pouco a noite ou tentar a sorte de chegarem quase no final do jantar. Quando uma cesta de piquenique surgiu acima da grama, não muito longe deles, ambos souberam a resposta em silêncio.
O lufano alternava entre fazer a Andrômeda perguntas aleatórias — "o que você quer fazer depois da escola?" — e coisas sobre a família Black — "você já pensou em fugir?" — esperando que alternar entre elas sem uma ordem específica a ajudaria a se sentir mais confortável, mesmo quando ela ainda se recusava a responder certas coisas, como sobre sua futura profissão.
Na altura do fim de seu pequeno jantar, o garoto já havia começado a decorar os mínimos movimentos que os músculos do rosto de Andrômeda faziam quando ela gostava ou não de ser questionada sobre alguma coisa específica, e aquilo era incrível aos olhos dele, como uma linguagem secreta em uma sala secreta.
— Ted... você tá paralisado encarando uma maçã. Você desligou o cérebro por um segundo ou coisa assim?
Era a primeira vez que a sonserina o chamava pelo apelido. Levantando o olhar rapidamente ao se despertar do transe, ele soltou um risinho descontraído e abafado.
Edward ponderava sobre mil coisas ao mesmo tempo, só pensando, pensando e pensando, ato que chegava ser exaustivo, e então seus pensamentos o deixavam mais inquieto ainda. Ele parou de fazer perguntas minutos antes, quando percebeu que não queria saber tudo sobre ela de imediato: Andrômeda era como um bom enigma que precisava de tempo para ser desvendado, e aguardar parecia ser um bom jogo para o lufano.
Por outro lado, ele também não conseguiu deixar de constatar que os dois estavam agindo como amigos, o que era um pouco inacreditável dependendo do ponto de vista analisado. Edward Tonks, amigo de Andrômeda Black.
Ele suspirou alto.
— Sono me deixa distraído. — Aquilo não era mentira, realmente estava com sono depois de não apenas uma noite mal dormida, mas várias, embora também fosse uma bela omissão do maior fator em conta.
Edward Tonks, possível futuro namorado de Andrômeda Black. Não, não, aquilo parecia... estranho. O pensamento anterior era bem mais agradável, era... seguro.
— Tá mais pra um devaneio do que pra sono. — Ela constatou, logo depois de devorar o último docinho da caixinha de chocolate que ganhou de presente.
Aquilo também não estava longe da realidade.
— Eu preciso de água. — Ted murmurou, na espera de que ao fuxicar a cesta de piquenique encontrasse um copo, e também de mudar de assunto.
Se continuassem daquele jeito, Andrômeda poderia desvendar os pensamentos dele em poucos segundos. No entanto, sendo pego de surpresa, antes que pudesse alcançar a cesta próxima deles, Edward foi atingido por um jatinho breve de água em seu rosto, o que o fez arregalar os olhos em choque.
— Ai! O que foi isso? — Exclamou.
Andrômeda riu.
— Desculpa, força do hábito, você pediu água. Te ajudou a acordar?
O lufano não conseguia acreditar, e depois de quase um minuto inteiro encarando-a com a mesma expressão de surpresa, o sorriso dela se desmanchou em uma expressão tenra, enquanto seus olhares permaneceram fixos um no outro.
Ali, Edward soube que não podia perder o que quer que possuísse com Andrômeda de jeito algum, menos ainda com uma tentativa de romance. Os dois construíram uma relação amigável em um tempo curto, uma relação amigável compatível (o que já era em si inesperado). Aquilo bastava, certo? Precisava bastar.
Romances poderiam acabar em corações partidos; amizades com certeza poderiam durar para sempre.
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Àquela altura, Andrômeda já tinha se dado conta de alguns fatos sobre Edward Tonks: ele era inteligente, gentil (em meio período), implicante (em tempo integral), bonito e engraçado. No entanto, enquanto aqueles olhos castanhos encaravam-na por um longo tempo, ela só conseguia pensar no quanto desejava saber o que acontecia dentro de sua cabeça.
Ele estava triste? Distante? Viu algo no rosto dela e não queria avisar para dar um troco na pegadinha que Andrômeda havia feito? Eram inúmeras possibilidades.
— Eu nunca soube exatamente o que aconteceu no dia que você quase destruiu meu diário. Sabe, o motivo de ter acontecido... — A garota era excepcionalmente boa em mudar de assunto da água pro vinho, já estava se tornando um hábito e tanto.
Edward piscou uma, duas vezes, até voltar a ter aquela postura meio confiante que tinha em grande parte do tempo.
— E nunca vai saber. — Deu de ombros, com um tom bem-humorado, mas soou como um desafio para os ouvidos da sonserina.
— Isso você não pode confirmar, Ted. — Retrucou, seu olhar tomando um novo brilho.
Andrômeda pôde jurar que a risada que escapou dos lábios do lufano estavam carregadas de nervosismo, o que não aliviava a curiosidade da garota.
— Bem, eu espero que sim.
Parecendo indiferente àquela resposta, Andrômeda se levantou e endireitou suas vestes, logo estendendo a não para ajudar Ted a também se pôr de pé, e ele aceitou. Ainda com a mão entrelaçada a dele, ela declarou com confiança:
— Você deve ter um grande segredo, Ted Tonks, e eu vou descobrir ele.
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andrômeda burrinha o segredo debaixo do nariz dela coitada ! ai não vou negar passo mal com essa garota. como cês tão gente? sentiram minha falta? nem deu tempo né
felizmente tô conseguindo adiantar a revisão de starry night e - wait for it - vamos ter capítulos com bem mais frenquencia !! yay !!! que tal, hein? e vamos de emoções a flor da pele
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starry night - a tedromeda fanfic.
FanficAndrômeda Black odeia Ted Tonks desde o primeiro segundo em que pôs seus olhos nele. Edward Tonks finge sentir o mesmo por ela, porque é a única forma de ficar perto o suficiente da garota que conseguiu chamar a atenção da pior forma possível. Não m...