4. Muito prazer em te conhecer

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Kile já estava na Inglaterra faziam quase dois meses e nesse período, já formou novas amizades, além de estar indo neste exato momento para a universidade, recomendada pelos seus novos amigos, para se inscrever na faculdade de arquitetura. Ele sempre apreciou aqueles que criavam e imaginavam novos edifícios. Não achou que fosse uma má opção tentar se aventurar nesse curso. Na cabeça do garoto, a viagem não estava sendo ruim, na realidade muito pelo contrário, estava gostando da liberdade que ganhava. Porém, naquele dia em particular, algo havia surgido para perturbar sua paz.

Seu pai o ligou, ao saber que pretendia fazer um curso, já para o proibir de fazer tais besteiras. Afinal, na cabeça do rei, aprender algo que não melhoraria em nada seu desempenho como futuro rei, era para ser desvalorizado. Afinal, ele não precisaria gastar seu tempo com algo inútil.

O mesmo não entendia as ambições do filho de tentar ser bom em algo "normal". Isso aborreceu Kile, que, sabendo que o pai não poderia fazer muito a respeito estando a quilômetros de distância, saiu imediatamente para fazer sua inscrição.

Indo a caminho da Universidade, o mesmo estava no carro, com um motorista contratado dirigindo. Apesar da aceitação da viagem a Inglaterra, seus pais acharam seguro nos primeiros meses a presença de alguém o protegendo. Afinal, imaginavam que aquilo pudesse ser uma armadilha dos ingleses.

Enquanto Kile se distraia, tentando não se estressar com as palavras duras do pai, o mesmo sentiu o carro dar uma freada brusca, sendo jogado para frente e sentindo o impacto com algo.

- O que foi isso?? - Perguntou, alarmado, já tirando seu cinto de segurança.

- De-Desculpe. E-eu não vi ninguém e... - Joseph , o motorista, não parava de falar nervosamente.

- Não acredito. Você bateu em alguém? - Kile estava chocado como aquele dia parecia piorar a cada instante.

- Fo-foi sem querer, eu juro que... - O homem estava totalmente assustado, sem saber o que faria naquele momento.  

- Por favor, se retire do carro e não apareça mais na minha casa. Está demitido. - Respondeu, fechando os olhos. Não acreditava que o motorista cometeu tamanho erro, não poderia aceitar aquilo. Joseph saiu assustado e correu para longe. Enquanto isso, Kile decidiu verificar a pessoa que tinha sido atingida.

Com preocupação, se ajoelhou e verificou o pulso da mulher que estava inconsciente no chão. Olhou para os lados e não viu nenhuma pessoa passando por ali, respirou fundo, avaliando possíveis ferimentos na mulher.

Encontrou sua nuca sangrando, pela queda. Kile não sabia o que fazer, não poderia deixar ela daquele jeito, pesaria em sua cabeça depois. Mas também não poderia levá-la ao hospital. Seus documentos ainda não estavam prontos, então isso geraria alguma suspeita e o rapaz sabia que para viver ali, precisava ser discreto.

Pensou na melhor opção, que seria levá-la para sua casa. Se recordou que Lucy já estaria no trabalho, assim como suas filhas estavam na escola, então não se preocupou com a possibilidade de que o matassem por isso.

Segurando a mulher pelos braços, a colocou com dificuldade nos bancos traseiros do carro, a deitando. Buscou os objetos pessoas da garota e colocou no banco só passageiro, enquanto assumia o cargo de motorista, relembrando a teoria que sabia, porém com pouca prática. Começou a dirigir, lentamente, atravessando pelas ruas, refazendo o caminho para casa. Ao passar por uma rua movimentada, soltou insultos murmurados ao perceber que um policial o pedia para encostar o carro. Suspirando, fez o que lhe foi pedido.

- Bom dia, senhor. - O policial disse, analisando o interior do carro. - Pode me explicar isso? - Perguntou apontando com a cabeça para a mulher no banco de trás do carro.

Amores Ilegalmente CorretosOnde histórias criam vida. Descubra agora