118. Aquelas que querem

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Curiosidade 4:

Eu sempre anotava minhas ideias para os capítulos no meu caderno, mas eu tinha o leve problema de ser bem sucinta nisso.

( Odeio isso. Tenho uma ideia e penso nos detalhes, mas só escrevo o principal. Quando vou escrever definitivamente, cadê que eu me lembro dos detalhes? 🤡)

E tinha uma lista de ideias( ainda de quatro anos atrás) e tinha um tema bem interessante.

"Pombo amigo".

Era o nome do negócio. Eu sei que era um encontro de Keadlyn, agora oq eu ia desenvolver? KKKKKKKKKKKK, n faço mais ideia.

Só sei que eu achava que iria ser um capítulo bem interessante.

Oq vcs acham que se tratava esse capítulo?


Tempo: Um ano e meio depois do casamento.

Uma ruiva e uma morena aguardavam em um grande jardim por algumas crianças.

A morena ansiosa, já que era a primeira vez que conheceria àquelas crianças  e a ruiva ria dela por isso.

- Elas vão demorar? – Cristina pergunta, ansiosa, olhando pela quarta vez para seu relógio de pulso.

- Paciência, Cris... – Francinny responde, encostada no tronco de uma árvore.

A morena suspirou, avaliando sua câmera mais uma vez, se teria espaço suficiente para as fotos.

Mas sua busca foi interrompida com o barulho de gritos infantis se aproximando e ela ergueu a cabeça a tempo de ver em torno de dez crianças correndo pela grama verde.

Francinny se desencostou da árvore e se agachou vendo uma pequena criança correndo para perto de si.

Abraçou a menor forte, sorrindo.

- Tia Fran! – A garotinha falou, feliz de ver a doutora.

- Que saudades de você, Sandy. – A ruiva diz, assim que saiu do abraço para ver a menor.

Curiosa como sempre, a pequena de cabelos marrons cheios de cachos, se virou para Cristina que a olhava com um sorriso, achando a cena adorável, mas ao ver que Sandy havia a percebido, ficou envergonhada.

- Oi! – A menor diz, sorrindo grande.

- Oi, Sandy. – Cristina cumprimenta, se agachando ao lado de Francinny para vê-la melhor.

- Ela é sua irmã, tia Fran? – Perguntou interessada para a ruiva, que riu antes de responder.

- Não, ela é minha namorada. – Explicou, antes de se aproximar mais da menor e sussurrar em seu ouvido: - Ela vai casar com a tia Fran! – Murmurou feliz.

A pequena arregala os olhos e olha para a doutora cheia de surpresa e com um sorriso aberto.

- Que incrível! – Exclamou, totalmente fascinada. Olhou para as duas, antes de afirmar com toda certeza que uma criança de quatro anos poderia ter: - Deve ser muito melhor ter duas mães do que uma só!

Era uma frase qualquer, mas que emocionou Cristina como ela nunca poderia pensar.

Afinal, ela concordava com Sandy.

Perdeu o pai muito cedo e quem cuidou de si foi a mãe e sua tia e até hoje é agradecida por todo o amor que as duas mais velhas a deram.

- Você vai tirar nossas fotos hoje? – Sandy pergunta, olhando para Cristina com os olhos brilhando.

A morena sorriu, concordando com a cabeça.

- Serei a fotógrafa de minis super modelos. – Avisou, alisando o cabelo da menor.

Sandy sorriu e saiu gritando para os outros colegas que eram modelos famosos agora.

Cristina estava ali, em uma das áreas de trabalho de Francinny, para fotografar as crianças para o blog da ruiva.

Francinny criou esse site assim que conseguiu um trabalho fixo para apresentar às pessoas os casos daquelas crianças e pedir por doações, tudo com o consentimento dos pais.

Até o momento ainda não havia sido muito promissor, mas já receberam algumas doações que ajudaram nas cirurgias de alguns deles.

O projeto cresceu e outros pediatras ajudavam com o blog em sua divulgação.

Cristina fazia questão de ajudar com as fotos, afinal as crianças se divertiam e ajudava a mostrá-las na internet.

As crianças faziam fila esperando sua vez de fazer mais uma foto.

Para a morena a situação estava mais do que divertida, já que as expressões mais sinceras só poderiam vir de crianças e se sentir contagiada pela animação dos menores era uma sensação reconfortante.

Em um momento de descanso, as crianças estavam sentadas no chão lanchando e enquanto isso as namoradas estavam sob a mesma árvore de antes.

Cristina não conseguia deixar de admirar a pequena Sandy que se lambuzava com seu sanduiche enquanto conversava com uma amiga.

- Fran. – Chamou, querendo falar o que estava na ponta da sua língua.

- Hum? – Resmungou, olhando para a namorada de boca cheia.

- O que você acha da ideia de filhos? – Perguntou, observando as crianças mais uma vez.

Mas ao não ter respostas da ruiva, dirigiu o olhar para a mesma encontrando uma expressão surpresa.

- Está falando sério? – Francinny pergunta, chocada.

- Sim. É só que... – Soltou um sorriso, pensativa.

Pensou nas palavras de Sandy, deixar um pequenino entrar em suas vidas seria algo tão... Diferente.

Era algo novo e que afetaria a vida delas por completo, mas olhando para aquelas crianças agora, seria uma reação muito boa.

E Cristina via como a namorada gostava dos menores, era apaixonada em cuidar deles e isso a fazia se orgulhar tanto e ao mesmo tempo sentir o coração aquecido e a fazia pensar.

E se....

- Parece ser algo bom, não? – Cristina completa, olhando para a namorada com um sorriso ansioso.

Poderia estar sendo adiantada de mais, mas aquela ideia estava a agradando. Muito.

Não teve resposta da ruiva mais uma vez, mas porque a mesma puxou a namorada pelos ombros e a prendeu em um abraço.

- É sério? Você quer mesmo isso? – Francinny pergunta, eufórica.

- Sim! – A morena respondeu rindo, contagiada pela ruiva.

Francinny se separou, a segurando pelos ombros, para a olhar nos olhos.

- Precisamos ver nossos documentos. E não precisa ser agora, sei que você está ocupada conseguindo sua vaga naquela empresa. – Francinny diz, pensando em todos os detalhes. – Ah, e precisamos estar casadas no cartório para isso.- Ela diz, com um sorriso malandro.

Cristina ri, sabendo do que ela estava falando. A morena a pediu em casamento fazia alguns meses e Francinny aceitou na hora, muito feliz, mas tinham que adiar porque a ruiva ainda estava em processo de transição entre a facola e sua área.

Acabou que deixaram de lado, mesmo nunca tendo esquecido.

Cristina sorriu vendo a namorada tagarelando sobre o que tinham que fazer e a calou juntando seus lábios, se sentindo bem com o contato.

Assim que se separaram, as duas deixaram as testas unidas, enquanto retomavam a respiração.

- Eu te amo, Cristina. – Francinny diz, sabendo que a cada dia aquela morena conquistava mais seu coração.

A morena sorriu, estendeu uma mão e arrumou uma mecha dos cabelos longos da ruiva atrás da orelha.

- Eu te amo mais. – Sussurrou como se fosse um segredo, antes de agitar o nariz na bochecha da ruiva, fazendo a mesma rir sem parar.

Amores Ilegalmente CorretosOnde histórias criam vida. Descubra agora