101. Amores

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Ano de 1996

America estava resoluta.

Não iria para aquela seleção de jeito nenhum.

Ou pelo menos era isso que queria, mas quem disse que era assim?

Para o desgosto da ruiva teve que considerar outros fatores.

Talvez a questão de seu país, Austrália, estar passando por problemas econômicos e climáticos e por a seleção ajudar nesses fatores.

Ela não poderia estar mais irritada.

Não queria estar naquele palácio, entre aquelas outras garotas que só estavam ali por interesse disputando por um provável mimado.

Porque era isso que ela pensava de Maxon.

Com a criação que ele teve? Era só isso que se podia esperar.

Clarkson era considerado por todos um rei exemplar.

Um obstinado, vencedor e vitorioso rei para os outros países, afinal, conseguia aprimorar ainda mais o país que já era considerado o melhor do mundo e mantê-lo nessa posição era difícil.

Todos o bajulavam, mesmo vendo o quanto Clarkson se aproveitava disso.

Ele só se importava com o poder que tinha e o poder que conquistaria.

Tinha aquela fachada de boa pessoa e que ajudava todo mundo, mas na realidade desvalorizava seus próprios cidadãos e enchia de dívidas aqueles países que pedissem sua ajuda.

Mas quem ligava? Ninguém. Todos preocupados em receber migalhas do melhor país do mundo.

E isso era uma prova clara para America que Maxon era igual.

A mãe dele, Amberly, não esteve presente, desde muito cedo.

Morreu em um bombardeio local, na cidade de Oregon, vizinha da capital, quando Maxon tinha quatro anos.

Então ter toda sua educação moldada através de um pai como aquele? America se amargurava de ter que ser obrigada a conhecer alguém assim.

Ela estava em uma sala com as outras quatorze selecionadas.

Todas princesas de países espalhados pelo mundo.

"Diversidade" que chama? Não.

Atenção. Clarkson queria que todos prestassem atenção no show que iria acontecer.

America estava presa em sua bolha de irritação, quando alguém se aproximou.

- Oi. America Cohen Singer, não é? - A ruiva se virou, vendo uma loira, sorrindo nervosa e estendendo uma mão. - Prazer. Marlee Tames, da Itália.

Elas se cumprimentaram, America achando estranho ela ter se aproximado, mas percebeu algo no olhar da loira que não via em nenhuma das outras.

Ao invés de interesse, ela aparentava estar incomodada de estar ali.

Talvez mais uma pessoa sã naquele local?

Amores Ilegalmente CorretosOnde histórias criam vida. Descubra agora