100. Qual a verdade?

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Eadlyn e Brice estavam comendo cookies enquanto reclamavam da vida.


- Sinceramente, não há dúvidas, foi Guilherme quem contou para seus pais. - Brice começa, irritada. - Sua mãe, seu irmão e eu não contaríamos isso para ninguém e é muita coincidência seu pai ter ido te buscar um dia depois de Guilherme ter visto você e Kile de mãos dadas. - Concluiu, emburrada.


- Pelo menos um motivo para não gostar dele eu tenho agora. - Eadlyn diz, revirando os olhos.


- Estou com tanta raiva desse garoto que eu estou começando a considerar que realmente foi a Alemanha que armou para seus pais no passado. - Falou, com os dentes trincados.


- Calma, amiga. E fala baixo. Aqui as paredes podem ter ouvidos. - Falou, se aproximando para falar mais baixo. - Vamos verificar isso. Se lembra de Elise? Aquela jovem asiática que veio aqui a um mês? Fiz amizade com ela, ela vai conversar com o representante chinês que veio aqui na Conferência de Washington. Vamos ver o que ele tem a dizer.


Brice suspirou, tentando manter a calma.


- Certo e sobre a seleção do seu pai? - Sussurrou, comendo um cookie.


- Primeiro vamos tentar recorrer a prováveis pessoas que trabalharam aqui naquela época, já que não parece haver nada impresso.


- Ok. Como está o relacionamento com seu pai? - Ela pergunta, olhando para a amiga com receio.


Eadlyn se joga no conforto da poltrona, frustrada e irritada.


- Me olha como se eu fosse um E.T. sempre que pode. - Revirou os olhos. - Nem para ser profissional, como ele tanto pede, ele faz. Vou o entregar relatórios e ele mal olha na minha cara! - Exclama, com raiva.


Preferia estar com raiva do que triste, pelo menos assim tinha motivação para jogar na cara do pai depois que aquela guerra era inútil.


- Além disso, adivinhe só? Não faço mais reuniões diplomáticas com outros países temporariamente. Principalmente se tiverem alguma relação com a União Soviética. - Desabafou, com ironia. - Nem mesmo para falar a verdade! Ele diz que só está fazendo isso para eu focar em outras coisas.


O pai simplesmente voltou a agir normal, como se ela não tivesse dito com clareza que queria acabar com a guerra e ficar com o inimigo.


Parecia até que ele não sabia de nada, se não fosse por essas tentativas de a manter ocupada.


- Mal sabe ele que vamos falar com Kile de uma forma ou de outra. - Brice diz, sorrindo de lado. - Acho que seu pai está desconfiando de mim também, ele me fez algumas perguntas, nada discretas, sobre o que acontecia na Inglaterra, mas me fiz de sonsa.

Amores Ilegalmente CorretosOnde histórias criam vida. Descubra agora