93. Conselho

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No jantar daquela noite, Eadlyn remexia a comida no prato, sem ter fome de fato.


Pegava pequenos pedaços somente para não ficar parada, mas sentia uma grande dificuldade para engolir.


Permanecia de cabeça baixa, não queria que vissem seu olhar abatido, não saberia como explicar que estava assim porque seu suposto inimigo foi embora.


Se dependesse dela, estaria em seu quarto, mas seus pai tinha algo para declarar e falou que sua presença era essencial.


Ela estava brincando com uma ervilha, quando seu pai se pronunciou.


- Me sinto mais calmo sem a presença do soviético aqui. Não concordam? - Perguntou, aliviado.


Thomas não tardou em concordar.


America fez um bico com os lábios, pensativa.


Kile era uma boa companhia. Já não era a mesma coisa sem ele ali na sala de jantar.


A ruiva gostava de soltar algumas frases despretensiosas às vezes e era divertido ver como somente Kile entendia.


Seja sobre o jeito estranho dos dois noivos, algo sobre a União Soviética ou sobre como Guilherme era "propositadamente lisonjeador".


Isso poderia ser visto como um elogio, mas na verdade era uma crítica. E Kile gostava de rir discretamente disso.


America estava praticamente falando que o alemão era um baba ovo e ele concordava totalmente.


Brice fez uma careta. Preferia quando o amigo estava ali.


Às vezes ele ia a incomodar na biblioteca, querendo uma companhia e acabava atrapalhando os estudos da garota, mas pelo menos se divertiam conversando.


Jonathan pensou. Não concordava com o pai.


Ainda achava Kile irritante, mas não o suficiente para o querer longe.


Teve até um dia que o soviético montou em Kitkat e acabaram se encontrando pelo jardim.


Jonathan tentou fugir, óbvio, mas Kile lhe perseguiu por alguns metros pedindo que apostassem uma corrida, prometendo que seria divertido.


O Schreave achou inadequado, mas concordou depois de tanta insistência.

Amores Ilegalmente CorretosOnde histórias criam vida. Descubra agora