109. Cartas à mesa

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Todos observavam com choque Eadlyn caída no chão.

Ninguém conseguiu ter uma reação mais elaborada e antes que se pudesse pensar demais, outro tiro ecoou pelo salão, gerando uma nova série de gritos de horror.

Dirigiram o olhar para a cena e era inacreditável.

Guilherme acabara de atirar em seu próprio pai.

Bem no meio da testa.

O baque do corpo do rei alemão com o chão foi audível para todos.

O corpo de Thomas agora estava estirado ao chão o sangue escorrendo pelo salão.

Kile viu horrorizado em como Guilherme agora passava a apontar a arma para a própria cabeça.

Antes que isso pudesse acontecer, ele se joga em cima do alemão, caindo em cima do mesmo.

Pela distração, o soviético teve tempo suficiente para pegar a arma e jogar para longe.

A essa altura guardas já haviam entrado e chamado médicos para a princesa estadunidense.

- Você perdeu a noção, seu psicopata?? - Kile gritou, o agarrando pelo paletó, os olhos arregalados e lacrimejantes.

Guilherme somente o olhou com tédio. Estava insatisfeito que não conseguiu cumprir com o plano que seu pai havia dito.

Se eles não conseguissem esconder a verdade por mais tempo, era para os dois morrerem.

O alemão não podia pensar em outra coisa.

Sempre foi ensinado a fingir, enganar, mentir, conquistar.

Se preocupar com os outros? Para quê? Iria haver algum benefício para si?

Guardas se aproximaram para o prender e Kile saiu rapidamente de cima de Guilherme, andando apressado para descobrir onde Eadlyn estava.

Isso tudo aconteceu tão rápido que o resto do salão ainda parecia em choque.

Brice olhava assustada para a poça de sangue onde estava a amiga a poucos instantes atrás, com um tremor nas mãos de nervosismo.

Até que escutou, de repente, uma tosse vindo ao seu lado e se virou, vendo Jonathan com uma expressão de mal-estar e olhos desfocados.

- Jonathan? - Ela perguntou, segurando em seus ombros, sentindo o coração retumbar de nervoso.

Ele não respondeu nada, acabou perdendo a consciência e Brice tentou segurar seu corpo, mas acabou caindo com ele nos braços.

Não percebeu quando lágrimas começaram a cair dos seus olhos.

- S-socorro! - Gritou, alarmada, o sentindo mole nos braços.

Não controlou os soluços que saíram de sua garganta, ver Jonathan naquele estado não estava a deixando bem, de forma alguma.

Não queria perder ele, não podia.

Ela tateava o rosto dele, crente de que ele acordaria e  diria que estava tudo bem com o sorriso brilhante que tinha, mas ela só via o rosto dele inexpressivo, como se estivesse dormindo.

Mas ela não queria aquilo. A respiração dele estava pesada e dificultada, o que mostrava que ele não estava bem.

Mais pessoas se aproximaram e o puseram em uma maca o levando para a enfermaria do palácio.

Ela os acompanhou, com o coração apertado, esperando que não fosse nada grave.

Ela teve que esperar os médicos avaliarem ele com cuidado e enquanto isso ela correu para ter notícias da amiga.

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